quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Eleições 2012: Análise do quadro de sucessão municipal

Depois do reposionamento dos filiados no início de Outubro, agora dá-se início aos namoros e possíveis alianças com vista às eleições municipais de 2012. Pelo menos seria assim... Mas em Paraty, face a continuidade governamental com a reeleição de Zezé, a manutenção da candidatura de Casé e a falta de organização de outras lideranças que poderiam ter se fortalecido nesses oito anos, o quadro já se encontra muito bem definido, e pouco mudará até maio, quando acontecerão as convenções que oficializarão as candidaturas e alianças.

Vou tentar resumir como estão as coisas, sob meu ponto de vista.

1)    Oposição

A oposição encontra-se organizada e unida em torno do propósito claro de ganhar a eleição e promover as mudanças necessárias para Paraty. Entenda-se por oposição o PT, que manterá a candidatura de Casé, mais dez partidos menores, entre eles o PV e o PDT, que comporão uma frente partidária contrária ao governo. O grupo já está se reunindo há mais de três meses para discussão do plano de governo, faz reuniões regularmente e tem agido com planejamento e coerência de ações.

2)    Situação

Liderado por Valdecir, que será lançado pelo PP, aliado com mais alguns partidos, entre eles o PTB do prefeito e o PSD do Pastor Isaques, perdeu muito na indefinição de Zezé, cujo silêncio deixou aparecer a candidatura de Dedé e Luisão, rachando as bases da situação e confundindo o eleitor. A confusão persiste e Valdecir perderá muito sendo secretário de obras, tornando-se a grande vidraça governamental no momento da campanha.

3)    As indefinições

A princípio Dedé deverá se lançar pelo PSC candidato à prefeito, mas como não está decolando nas pesquisas, provavelmente ele irá se unir com Valdecir, já que fazem parte do mesmo grupo político. Se isso acontecer Tuco Gama, que estava sendo cogitado para vice dele sai de cena com PR, dando lugar para Dedé. O PSB, que iria dar a legenda para Dedé, diante da preferência do candidato pelo PSC, que foi entendida como rasteira pelo partido, também saiu da provável aliança, devendo apoiar o candidato de oposição.

O PMDB, noiva cobiçada por oposição e situação, até tem uns malucos que defendem candidatura própria, o que se acontecer se configurará num harakiri baiano cujo resultado prático será apenas estar fora do governo, seja de um ou de outro lado, e esvaziar a legenda do partido. O fato é que apesar de arregimentar grande quadro de filiados, e ter a maior bancada da câmara de Vereadores, o PMDB local personalizou-se em Ze Cláudio, cuja sucessiva queda de votação e a falta de um planejamento de ação partidária consistente, enquanto foi prefeito, canditato à prefeito e a deputado federal e presidente do PMDB, no decorrer de quase 10 anos, anulou totalmente o potencial do partido ser vitorioso numa possível campanha.

Mas o PMDB poderá reverter essa situação, se der oferecer o vice, exigir participação no governo vitorioso, alinhavar uma possível sucessão e deixar de lado a personalização, governando com responsabilidade e comprometido com os anseios da população. Por ser o maior partido do município é necessário que se reestruture como agremiação ouvindo sua base, evitando conduzíli baseado nos interesses pessoais de um ou de outro como temos visto há muito tempo. Se o câncer da personalização e manipulação partidária  for extirpado, é possível que o PMDB seja a bola da vez daqui a alguns anos. Sem isso, está fadado a definar, perdendo quadros importantes para outras legendas que, ao contrário, estão se fortalecendo, e cujas bandeiras estão muito bem definidas.

De qualquer forma, será muito difícil Valdecir levar a noiva para o altar. Numa reunião realizada em agosto com elementos da executiva e do diretório, quem até alentão efetivamente poderia decididir para onde o partido vai, de 22 participantes apenas quatro se mostrarm favorável à candidatura própria. Do restante, maioria absoluta deixou claro que a única coisa que o PMDB não poderia fazer seria se juntar à situação.

Mas parece que Valdecir está muito confiante com uma aliança com o PMDB, apesar de nunca ter se reunido com a executiva do PMDB, ou sequer enviar um ofício de aproximação, ao contrário do PT de Paraty. A razão dessa confiança só pode ser se ele, juntamente com o deputado federal do PMDB,  Fernando Jordão, que recebeu o apoio do Valdecir nas eleições de deputado, e elementos do PMDB local que ajem isoladamente movidos a interesse pessoal, estão tentando intervir no partido na estância estadual ou federal, para dissolver o diretório municipal e decidir lá por cima quem o PMDB deverá apoiar e quem deverá ser o vice. Se isso acontecer, Valdecir corre o risco de casar e na noite de núpcias  ter que se contentar em comer o vestido.

Excluído PSC, do Dedé, e PMDB, a noiva mais cobiçada, sobram os partidos com donos. Aqueles que vão para o lado que oferecer mais (dinheiro, material de campanha, cargos...), em casos de partidos que não possuem quase filiados ou que possuem pouca expressão de votos, ou aqueles que possuem muita expressão de votos e que vão se unir ao candidato que carregar mais legenda, ou seja, o candidato que estiver indo bem nas pesquisas, ajudando, por inércia, que esse partido consiga fazer mais legendas com a consequente eleição de um ou mais vereadores.

Se esses partidos tivessem ideário, com certeza eles já estariam aliados a uma ou outra força, ou se colocando como opção para disputar o poder executivo. Mas, para valorizar o passe, deixaram a decisão para última hora a espera do melhor lance do leilão.

Abaixo estou postando uma matéria que saiu semana passada no Diário do Vale falando do Valdecir que em grande parte justifica minha tese. Espero que gostem!


8 comentários:

Anônimo disse...

defendo a candidatura do Luiz Ribeiro, vida nova para o política,,,,,,,,,,voto nele,,,,,

Anônimo disse...

Heraldo vc tá mau informado, já tá decidido Zé Claudio prefeito Dédé vice,,,,,,,,,,,,,porque vc não vai pro PT??????????????????

Anônimo disse...

ELEIÇÕES 2012
PMDB descarta acordo com PT e PP

Publicado em 13/11/2011, às 18h43

Última atualização em 13/11/2011, às 18h43

Paraty

O presidente do PMDB de Paraty, vereador Fuad José Minair, o Deco Minair, afirmou que o partido definiu lançar candidatura própria. E que os nomes mais cotados para cabeça de chapa seriam o dele e o do ex-prefeito Zé Cláudio.
O peemedebista disse ainda que não há nenhuma coligação em vista com o PP, como havia anunciado o vice-prefeito, Valdecir Ramiro (PP).
- Vi as declarações do vice-prefeito de que estaríamos fechando um acordo com ele e que estávamos sendo disputados por PP e PT. A disputa por nós existe, mas não acertamos coligação nem com um, nem com outro. Somos a noiva da vez, como o vice-prefeito disse, mas só aceitamos ser cabeças de chapa, vice não seremos nem dele, nem do PT - afirmou.
Deco Minair disse que chegou a haver uma aproximação entre o partido dele e o PT, logo após as eleições municipais de 2008, mas que nem por isso houve um acerto sobre chapas. Ele afirmou também desconhecer a negociação entre o vice-prefeito, que pretende concorrer à prefeitura, e a liderança estadual do PMDB.
- Valdecir deu declarações à imprensa regional de que ele teria tido uma posição de aceite para uma coligação com o PMDB por meio de membros da executiva estadual, mas isso nunca foi dito a nós da executiva municipal. Logo, não há acordo, mas aceitamos conversar com ele. De antemão afirmamos que queremos ser cabeça de chapa- disse.
O presidente do diretório afirmou que o PMDB seria um dos partidos de maior representação em Paraty, já que possuiu cinco vereadores na Câmara e um deles ainda estaria licenciado. Por conta da bancada do partido na cidade não teria cabimento, segundo ele, o PMDB não levar um nome opcional aos eleitores.
- Estamos tentando agendar com o presidente estadual do partido, Jorge Picciani para levarmos nossas propostas, mas é uma orientação da legenda de que, onde há representação partidária, lancemos candidaturas próprias. Assim que apresentarmos esta questão à executiva vamos começar a pensar nas coligações para nome de nosso vice - adiantou.
Questionado se aceitaria ser vice de Valdecir ou do pré-candidato do PT, o vereador foi enfático dizendo que o PMDB não aceitaria, por entender que se está sendo tão disputado é por que tem força para puxar uma chapa.
- O PMDB vai ter candidatura própria e ele é quem será o cabeça. A noiva quer ser a líder da chapa. Se eles nos querem tanto, que nos dêem a liderança. Acredito que não vão abrir mão disso, e se isso não ocorrer seremos adversários nas urnas - previu o peemedebista.

Leia mais: http://diariodovale.uol.com.br/noticias/2,48887,PMDB%20descarta%20acordo%20com%20PT%20e%20PP.html#ixzz1dozqoeqO

Anônimo disse...

ôôô GLÓRIA ver essa contagem regressiva e perceber que falta menos de 1 ano pra acabar isso tudo.

MENOS DE 1 ANO!!! ALELUIA SENHOR!

Anônimo disse...

Ultima notícia Ze Claudio prefeito Luiz Ribeiro vice, essa dupra vai dar certo.

Anônimo disse...

pelo amor de Deus coloca coisa nova ai, vc ta com medo de colocar algo novo?

Noel disse...

Se a oposição tem hoje dez partidos,
o governo tem PTB,PP,PSD,PSDC,PMDB.
O grupo Paraty é mais voce formado pelos partidos DEM,TRP,PTC,PSL,PR,PSOL levam as eleições a serio e em momemnto algum aconteceu de ter em Paraty um grupo independente.
Paraty tem registrado no TRE 22 partidos, não sei porque tanta falação é so fazer as contas para ver quem realmente tem condições de ganhar as eleições com um projeto de mudanças administrativa para o municipio.

Anônimo disse...

Eraldo suas colocações estão mais que claras.É importante saber que a comunidade de Paraty elegeu não só um prefeito,como também sua família para exercer todos os cargos da prefeitura.Será que durante 8 anos o partido não teve condições de dar credito as pessoas que nele votaram, cercar a prefeitura com tantos parentes nunca foi sinal de democracia,o povo não fala, mas não é bobo,imaginar que o maior partido do Brasi que tem uma filosofia decretica possa se filiar com a situação seria mais uma perda para Paraty,depois achar que o partido sem um grande filiado chegara na base é muito perigoso, certamente seja essa a vontade do atual governo, descartar a possibilidade de uma aliança porque sabem que esse é o único triunfo para a vitória. Anônimo.