sábado, 19 de novembro de 2011

Fraude e corrupção agitam a prefeitura de Paraty

Não e à toa que eu coloquei uma ilustração do “homem da mala” logo abaixo do contator regressivo do dia das eleições do ano que vem. Essa ilustração liga o governo municipal à diversos atos de corrupção que verificamos ao longo desses dois mandatos.

Como já disse em artigos anteriores, a corrupção se faz de várias formas. Por incrível que pareça, a que está movimentando a prefeitura nas últimas semanas é a que considerava a mais improvável: a tunga direta aos cofres públicos.

Pelo que soube através de fontes da própria prefeitura, a Polícia Federal está investigando uma série de denúncias:

1) Caso dos cheques anulados – Esse envolve a secretaria de finanças, em que cheques supostamente anulados, foram descontados e embolsados por elementos da quadrilha.

2) Caso do cancelamento dos impostos municipais – Também envolve a Secretaria de Finanças, em que alguns funcionários que identificavam grandes devedores e negociavam diretamente uma comissão para zerar ou reduzir muito o valor do débito. Pelo que se comenta essa é uma fraude antiga operado por quem detem a senha dos sistemas de controle do IPTU e ISS.

3) Caso dos shows supefaturados – Envolvendo Secretaria de Turismo, investiga o grande volume de gastos com eventos e a utilização de caixa dois movimentado com a “sobra” desses recursos.

4) Caso Oscip da Saúde – Envolvendo a Secretaria de Saúde, investiga a subcontratação da Oscip Sorriso para terceirização de mão de obra destinada a tocar programas de saúde de Paraty.

Como vemos, ainda faltam investigações que envolvem nepotismo descarado, contratação e manutenção de funcionários fantasmas, favorecimento em licitações e obras superfaturadas.

Acredito que muita coisa podre será descoberta pela PF e pelo Ministério Público à medida que forem avançandos nas inestigações. Muita gente deve abrir a boca também, já que esse tipo de roubo depende da assinatura e/ou vista grossa de muita gente, e não é justo que muitos fiquem ricos e poucos paguem com a cadeia ou com o linchamento público.

De todas essas fraudes, considero que a mais grave é a anulação de ISS e IPTU, já que transborda ao serviço público, envolvendo empresas prestadoras de serviço e possivelmente grandes proprietários de imóveis em Paraty. Será muito bom conhecer a relação dos corruptores. Numa comunidade tão pequena devemos conhecer muito bem nossos vizinhos. Vai que eles se candidatem na próxima eleição?

Falta de oposição

Nesses oito anos a prefeitura goza do privilégio de praticamente não ter oposição. A falta de controle e fiscalização política causada por essa condição, leva a parte podre do governo a se sentir forte, ousando cada vez mais, e culminando na visita da Polícia Federal quase que constante à prefeitura.

Em convesa que tive a alguns anos atrás com Zé Cláudio, prefeito anterior a Zezé, que teve uma câmara oposicionista muito forte, e segundo ele, perseguidora, me confessou que de certa forma ficava agradecido a essa oposição “raivosa”, que não permitiu que ele fizesse mais, e que poderia culminar em processos futuros. Se referiu a isso por ser famoso em fazer antes e perguntar depois, tendo que responder depois por uma série de processos de natureza ambiental, por ter feito dragagens necessárias, mas incompreendidas pela população e questionadas pelos órgãos ambientais.

Com o governo em contagem regressiva, a falta de fiscalização por orgãos competentes, e o esvaziamento de instituições civis de controle, como os conselhos municipais, Zezé deverá, mais pra frente, se arrepender amargamente de não ter que dar satisfação à ninguém na condução de seu governo.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Eleições 2012: Análise do quadro de sucessão municipal

Depois do reposionamento dos filiados no início de Outubro, agora dá-se início aos namoros e possíveis alianças com vista às eleições municipais de 2012. Pelo menos seria assim... Mas em Paraty, face a continuidade governamental com a reeleição de Zezé, a manutenção da candidatura de Casé e a falta de organização de outras lideranças que poderiam ter se fortalecido nesses oito anos, o quadro já se encontra muito bem definido, e pouco mudará até maio, quando acontecerão as convenções que oficializarão as candidaturas e alianças.

Vou tentar resumir como estão as coisas, sob meu ponto de vista.

1)    Oposição

A oposição encontra-se organizada e unida em torno do propósito claro de ganhar a eleição e promover as mudanças necessárias para Paraty. Entenda-se por oposição o PT, que manterá a candidatura de Casé, mais dez partidos menores, entre eles o PV e o PDT, que comporão uma frente partidária contrária ao governo. O grupo já está se reunindo há mais de três meses para discussão do plano de governo, faz reuniões regularmente e tem agido com planejamento e coerência de ações.

2)    Situação

Liderado por Valdecir, que será lançado pelo PP, aliado com mais alguns partidos, entre eles o PTB do prefeito e o PSD do Pastor Isaques, perdeu muito na indefinição de Zezé, cujo silêncio deixou aparecer a candidatura de Dedé e Luisão, rachando as bases da situação e confundindo o eleitor. A confusão persiste e Valdecir perderá muito sendo secretário de obras, tornando-se a grande vidraça governamental no momento da campanha.

3)    As indefinições

A princípio Dedé deverá se lançar pelo PSC candidato à prefeito, mas como não está decolando nas pesquisas, provavelmente ele irá se unir com Valdecir, já que fazem parte do mesmo grupo político. Se isso acontecer Tuco Gama, que estava sendo cogitado para vice dele sai de cena com PR, dando lugar para Dedé. O PSB, que iria dar a legenda para Dedé, diante da preferência do candidato pelo PSC, que foi entendida como rasteira pelo partido, também saiu da provável aliança, devendo apoiar o candidato de oposição.

O PMDB, noiva cobiçada por oposição e situação, até tem uns malucos que defendem candidatura própria, o que se acontecer se configurará num harakiri baiano cujo resultado prático será apenas estar fora do governo, seja de um ou de outro lado, e esvaziar a legenda do partido. O fato é que apesar de arregimentar grande quadro de filiados, e ter a maior bancada da câmara de Vereadores, o PMDB local personalizou-se em Ze Cláudio, cuja sucessiva queda de votação e a falta de um planejamento de ação partidária consistente, enquanto foi prefeito, canditato à prefeito e a deputado federal e presidente do PMDB, no decorrer de quase 10 anos, anulou totalmente o potencial do partido ser vitorioso numa possível campanha.

Mas o PMDB poderá reverter essa situação, se der oferecer o vice, exigir participação no governo vitorioso, alinhavar uma possível sucessão e deixar de lado a personalização, governando com responsabilidade e comprometido com os anseios da população. Por ser o maior partido do município é necessário que se reestruture como agremiação ouvindo sua base, evitando conduzíli baseado nos interesses pessoais de um ou de outro como temos visto há muito tempo. Se o câncer da personalização e manipulação partidária  for extirpado, é possível que o PMDB seja a bola da vez daqui a alguns anos. Sem isso, está fadado a definar, perdendo quadros importantes para outras legendas que, ao contrário, estão se fortalecendo, e cujas bandeiras estão muito bem definidas.

De qualquer forma, será muito difícil Valdecir levar a noiva para o altar. Numa reunião realizada em agosto com elementos da executiva e do diretório, quem até alentão efetivamente poderia decididir para onde o partido vai, de 22 participantes apenas quatro se mostrarm favorável à candidatura própria. Do restante, maioria absoluta deixou claro que a única coisa que o PMDB não poderia fazer seria se juntar à situação.

Mas parece que Valdecir está muito confiante com uma aliança com o PMDB, apesar de nunca ter se reunido com a executiva do PMDB, ou sequer enviar um ofício de aproximação, ao contrário do PT de Paraty. A razão dessa confiança só pode ser se ele, juntamente com o deputado federal do PMDB,  Fernando Jordão, que recebeu o apoio do Valdecir nas eleições de deputado, e elementos do PMDB local que ajem isoladamente movidos a interesse pessoal, estão tentando intervir no partido na estância estadual ou federal, para dissolver o diretório municipal e decidir lá por cima quem o PMDB deverá apoiar e quem deverá ser o vice. Se isso acontecer, Valdecir corre o risco de casar e na noite de núpcias  ter que se contentar em comer o vestido.

Excluído PSC, do Dedé, e PMDB, a noiva mais cobiçada, sobram os partidos com donos. Aqueles que vão para o lado que oferecer mais (dinheiro, material de campanha, cargos...), em casos de partidos que não possuem quase filiados ou que possuem pouca expressão de votos, ou aqueles que possuem muita expressão de votos e que vão se unir ao candidato que carregar mais legenda, ou seja, o candidato que estiver indo bem nas pesquisas, ajudando, por inércia, que esse partido consiga fazer mais legendas com a consequente eleição de um ou mais vereadores.

Se esses partidos tivessem ideário, com certeza eles já estariam aliados a uma ou outra força, ou se colocando como opção para disputar o poder executivo. Mas, para valorizar o passe, deixaram a decisão para última hora a espera do melhor lance do leilão.

Abaixo estou postando uma matéria que saiu semana passada no Diário do Vale falando do Valdecir que em grande parte justifica minha tese. Espero que gostem!


domingo, 16 de outubro de 2011

Paraty à espera de um milagre

Enquando as águas de maio fecham o verão, as da primavera abrem, e com ela a lembrança de desastres recentes. Hoje completam três dias de chuvas quase que initerruptas, nos assombrando com possibilidade de deslizamentos e enchentes. A parte os mil reais por cada vara de medição paga pela Defesa Civil (aquele caibro pintado de amarelo que pode-se ver no Perequê Açu), e da remoção dos galhos do rio (não do canal do jabaquara), nada foi feito pelo governo municipal para evitar que sejamos presenteados por outra enchente no verão, época que a cidade está mais cheia, resultando no desastre econômico e social que tivemos no ano retrasado.

A foz do Perequê-Açu parece que foi tombada. Todos os escombrom de dois anos atrás continuam lá, além do sedimento do rio, criando um dique favorecido pelo quebra mar. O outro escoadouro natural, o canal do Jabaquara, depois da última chuva forte, também assoreou, somando-se aos escombros trazidos pela chuva. Some-se a isso a ponte(?) de R$ 900 mil reais que será sendo feita na frente da Pousada Caborê cujas cabeceiras(?) encurtaram o canal em uns 6 metros...

Pareço ser pessimista? Talvez. Mas previsão do tempo não bruxaria, é ciência. E centificamente falando, sabemos que a fórmula CHUVAS DE VERÃO + RIO ASSOREADO + CANAL DE ESCOAMENTO ENCURTADO + IMCOMPETÊNCIA NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS + OBRAS SUPERFATURADAS E MAL FEITAS = DESASTRE ECONÔMICO EM TODO MUNCÍPIO. Entenda-se por TODO MUNICÌPIO quem votou contra e quem votou a favor desse governo. Exceto por alguns sócios da Famiglia INC, que faturam também nas emergências, grande maioria irá se prejudicar com a incapacidade do governo prever o óbvio, e se resguardar.

Esse verão será uma prova de fogo para o principal pré candidato à prefeitura do governo, Valdecir Ramiro, que, como Secretário de Obras, terá a obrigação de não deixar a situação chegar a esse ponto. Ele tem exatos 70 dias para fazer o que não foi feito nesses anos todos. Resumindo: não vai fazer nada. Na falta das obras preventivas, esperamos que o ilustre secretário pelo menos ore para que as chuvas de verão sejam menos intensas esse ano, o que com o desequilíbrio climárico está cada vez mais difícil. Enquanto isso, na falta de ações científicas e pragmáticas, restam a nós cidadãos nos apegar na possibilidade de mais um milagre.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Mais um projeto no ar: Qual é a operadora?

Entre uma página de filiaweb e outra (sistema de filiação partidária do TSE) desenvolvi um sistema que informa qual a operadora do número de um telefone, bastando informar o DDD e o prefixo do telefone. Tive essa necessidade quando comprei um celular de quatro chips e instalei os chips das operadoras que funcionam aqui: Claro, Oi, Tim e Vivo, mais meu Nextel, mas ficava em dúvida qual prefixo que gostaria de ligar era de qual operadora. Procurei na internet e não encontrei nada que satisfizesse essa necessidade. Voilà! Criei um sistema pra resolver esse problema que apresento aqui em primeira mão: www.qualeaoperadora.com.br.

O próximo passo será desenvolver uma interface API para que desenvolvedores utilizem essa solução em seus softwares.

Espero que gostem!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Em um ano, uma importante decisão que começa agora

Um ano... Uma das coisas que mais me cumprimentam nesse blog é o contador regressivo que marca o limite da eleição do ano que vem, que hoje completou um ano. Não é um ano para o começo de um novo governo, mas um ano para a decretação do fim de uma era escura para nosso município. Fim da idade média dando espaço para o renascimento. Não falo isso por que fui perseguido por esse governo, que tive que processar para receber por serviços prestados, não recebi e não vou receber. Nem por terem desmontado diversos portais de transparência que criei e mantive nos quatro anos de governo de Zé Cláudio, e que foram simplesmente desligados, mesmo contrário aos apelos do Tribunal de Contas do estado, que consideraram esse mesmo sistema um modelo para o estado todo. Retrocesso. Diz-se que em time que está ganhando não se mexe. Essa é a visão do técnico, mas se ao cartola interessar o contrário? Infelizmente a visão do cartola sobrepôs a do técnico, resultando num município capenga em todas as áreas. Em que Paraty se destaca? Educação? Saúde? Turismo? Esporte?. É um município medíocre, resultado de uma direção medíocre. Não há vento favorável quando não se sabe onde chegar. É uma pena. Foram sete anos jogados no lixo. Zé Cláudio fez uma gestão brilhante. Só perdeu porque esqueceu que na política é necessário ser político, e ele definiticamente não é. Foi anacrônico. Estava alguns anos a frente do seu tempo. Vemos a Dilma sendo severa e dando certo. Também com pavio curto, mas pregando a meritocracia e mantendo seu grupo unido. Esses erros fizeram com que Zezé ganhasse, numa desastrosa cagada. Populista, trocou o planejamento estratégico por obras pontuais com inauguração regada a muita cerveja. Pão e circo. Povo feliz. Vida de gado.

Quatrocentos milhões de reais depois, queimados, mas muito bem utilizados por membros famigliares, o município se mostra bem mais pobre do que sete anos antes e sem perspectivas. Obras absurdamente caras e mal feitas, feias, desproporcionais. Mas o que poderíamos esperar de uma república de advogados? Sem engenheiros, sem funcionários públicos concursados e satsifeitos. Onde estão os coordenadores de projetos? Infelizmente seu lugar foi tomado por cabos eleitorais que nem pra essa função servirão, já que em sua grande maioria pularam fora do navio que afunda.

Faltando um ano, não quero comemorar vitória da oposição, pois o futuro a Deus pertence, mas chamar atenção para a falta de desenvolvimento de Paraty nesses quase oito anos, e, de posse dessa consciência, acender algumas velas pedindo que Nosso Senhor ilumine as cabeças dos paratienses nas oito horas anteriores ao término desse contador, e os façam votar com clareza em gente que seja capaz de colorir a cinzura desse quadro.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A hora da decisão

Faltam apenas alguns dias para que os políticos municipais se acomodem em partidos em que se lançarão candidatos nas eleições municipais do ano que vem. Nesse corre-corre, o governo perdeu grande parte de seus apoiadores, provavelmente por que não acreditam numa possível vitória de Vadecir/Dedé/Luizão, que deverão se juntar daqui a alguns meses, afinal, não faz sentido algum, politicamete falando, dividir o governo em três. Uns até levantam a bandeira da terceira via, mas o comprometimento com a máquina governamental é tão grande, que só quem acredita em lobisomem e sereia deixa se encantar. Existe outra tese, que também podemos levar em conta. Com uma prefeitura milionária e contratos prá lá de suspeitos, uma candidatura temperada com gosto de governo e continuidade, surfando nos altos índices de popularidade de Zezé em razão do populismo e da permissividade poderá render alguns cobres dos financiadores mais incautos... O fato é que a simples dissolução de um governo que se reelegeu, e cuja base política se mantevem por tanto tempo intocável (em sete anos qual o secretário que foi exonerado?), e que da noite para o dia explode em três partes não convence, ou define claramente que o séquito só estava preocupado mesmo com seus interesses.

Enquanto isso, a oposição se fortalece. Muitos partidos e pré-candidatos oriundos dos partidos de base do governo estão se aliado e formando uma frente de resistência e oposição ao governo. Um verdadeiro êxodo da situação para oposição. Muitos podem ver isso como oportunismo, mas entendo como grande oportunidade de mudança. O fracasso do governo Zezé não é culpa de seus aliados, mas da incapacidade do governo municipal perceber que teve nas suas mãos recursos e possibilidade de fazer um grande governo. É uma pena para nosso município, sob o ponto de vista econômico, o único no mundo todo que depois que ficou rico, faliu, e sob o ponto de vista político, um governo com tanta popularidade mas que assiste impassível seu navio naufragando. Salvem-se quem puder!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O futuro de Paraty passa por um projeto político


Muita gente se pergunta como Paraty, com pouco mais de 20 mil eleitores, e Vidal,
com menos de 600 votos conseguiu um cargo tão impostante no governo federal. É claro que boa parte deve-se a sua competência na área da pesca. Trabalhando quase a vida toda como despachante marítmo, adquiriu um grande conhecimento da legislação pesqueira e formou o que se chama hoje de network social, ajudando muito no reconhecimento e eficácia de suas ações.

Mas não é só isso... Se fosse assim viveríamos numa meritocracia, não numa democracia, onde o poder político é mais valorizado do que a experiência e conhecimento, que, na minha visão, é a grande responsável pelo nosso terceiromundismo.

Mas as regras são essas e temos nos pautar por elas. O fato é que a conquista da superintendência foi iniciada há dois anos atrás, quando PT e PMDB de Paraty resolveram apoiar Dilma, Sérgio Cabral e Luiz Sérgio. Todos eleitos, Luiz Sérgio foi o segundo mais votado em todo município, perdendo apenas para Tuco Gama, único candidato paratiense.

Quatro anos antes, Luiz Ségio também atingou a mesma marca, agora perdendo para Zé Cláudio, e os votos de Paraty foram reponsáveis pela condução do canditado ao cargo.

Depois da segunda derrota à prefeitura, Casé percebeu que apenas uma mudança radical na condução de política paratiense poderia se apor ao poder econômico e ao populismo que se estabeleceu no governo municipal, utilizando o planejamento e o poder de articulação como antídoto ao uso descarado da máquina pública em favor da perpetuação daqueles que a controlam.

Dessa certeza um grupo de oposição, do qual faço parte, começou a pensar o quadro político de Paraty como um organismo, algo vivo que não se limita a um mandato, mas no anima da resolução de problemas que aflingem a comunidade. De forma contínua e múltipla, com prarticipação nas esferas estaduais e federais, o que convencionamos chamar de “Projeto Político de Longo Prazo”, ou simplismente “Projeto Político”.

A partir de então nossos passos são dados, não de acordo com a conveniência pessoal ou imediata, mas enredado na perspectiva de um futuro melhor, encaixamdo oportunidae com solução, apoiado nas várias instâncias governamentais, ação que foi comprovada quando Casé abriu mão da superintendência da pesca para Vidal, concessão do PT ao PMDB, e o contrário, quando Deco e Vidal apoiaram Luiz Sérgio, concessão inversa, do PMDB para o PT.

Infelizmente muits políicos convencionais rechaçam essa idéia, argumentando que isso é impossível de fazer e que os egos se sobrepõem à equipe, desarmonizando o conjuntos ao ponto de dissolve-lo, para que com isso sobrevivam no meio político.

Como disse vidal na carta de despedida, com a superintendência conquistamos mais um degrau. Apenas um de muitos.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Vereador Vidal assume superintenência federal da Pesca do Ministério da Pesca e Aquicultura do Estado do Rio de Janeiro


Ontem, 19/11, nosso vereador Vidal inaugurou uma nova era na política paratiense, sendo o primeiro cidadão local a galgar um cargo tão alto na história de Paraty.

Tive a honra de ler sua carta de despedida na sessão da Câmara, que também deu posse ao verador Tekinho Legal, suplente de Vidal, pelo PMDB.

Eis a íntegra:

Senhor Presidente, nobre vereadores, meus amigos,

Em primeiro lugar gostaria de justificar minha ausência nessa sessão. É com muito orgulho que estou, nesse momento, sendo empossado no cargo de Superintendente Federal da Pesca e Maricultura no Estado do Rio de Janeiro, na sede do Ministério da Agricultura, no centro do Rio, concluindo, com isso, uma articulação de quase nove meses em que PT e PMDB, unidos em torno do meu nome e da proposta de melhoria da pesca em todo estado do Rio de Janeiro, conseguiram um feito inédito, elevando um paratiense ao maior cargo já conseguido até então.

Nessa casa foram 32 meses de muita luta na confiança de que podemos trabalhar para melhoria do modo de vida do cidadão paratiense, seja o pescador mais humilde, o agricultor, ou empresário e investidor que escolhe Paraty como seu lar. Nesse período travamos muitas discussões, algumas até acaloradas, mas democracia é assim mesmo, onde paixão e razão se enfrentam, e desse debate resultam soluções e esperança para dias melhores para todos.

Foram momentos importantes para minha formação de primeiro mandato, mas que me marcaram profundamente, e me enchem de disposição para galgar novos desafios frente à pasta federal. Agradeço pois, aos nobre edis que, mais que colegas de profissão, se mostraram verdadeiros mestres na arte da condução democrática.

Essa mesma paciência que os nobre colegas tiveram comigo, ao me acolher com tanto carinho nessa casa, peço que tenham com meu suplente, companheiro de partido e respeitador dos ideais democáticos, Celso Luiz, ou Tekinho Legal, como gosta de ser chamado.

Estendo a ele, e a todos os meus companheiros, meu gabinete no Rio de Janeiro, para resolução dos problemas que aflijam a comunidade pesqueira e aquicola de Paraty, bem como problemas eventuais que precisem de apoio em instâncias superiores.

Notem, companheiros, que a partir de hoje, estaremos mais perto do poder estadual e federal, e que temos que utilizar isso em prol da melhoria de qualidade de vida de todo setor, seja em Paraty, seja no estado todo. Me coloco como mais um instrumento na rede de poder cuja Câmara de Vereadores compõe, para que objetivos virtuosos e nobres sejam alcançados.

Agradeço, sobretudo, ao meu eleitor. O responsável por confiado, ter me dado a mão e conduzido a esse primeiro degrau. Enquanto vereador acredito ter honrado cada voto dos 583 que me conduziram a esse mandato. Pode até ser que tenha me posicionado em uma ou outra matéria contrária à opinião de algum desses eleitores, mas estejam certos de que a decisão foi tomada em prol da maioria, essência do processo democrático que visa o crescimento da sociedade, acima de qualquer coisa.

Deixo claro também, e tranquilizo os eleitores que meu afastamento da Câmara não me afasta dos problemas locais e demandas iniciadas. Pelo contrário, meu poder de ação e articulação se multiplica. Estarei, diretamente, ou através de assessores, acompanhando a votação dos projetos que iniciei e execução das leis e normatizações que consegui implementar nesse curto período frete à Câmara dos Vereadores, fiscalizando e tomando medidas cabíveis para que não haja retrocesso nessas iniciativas.

Desejo finalmente boa sorte ao Tekinho, e que Nossa Senhora dos Remédios, padroeira de Paraty, ilumine as decisões dessa Câmara de Vereadores.

Muito obrigado

Vidal

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Paraty na era do arrego institucional

De um lado Zé Pital escreve um artigo (http://zepital.blogspot.com/2011/09/bobos-da-corte.html) condenando a prática da utilização de dinheiro público pelo Convention Bureau para beneficiar principalmente sua diretoria, e mostra que um antigo jornal que denunciava as ações da prefeitura num dia, no outro se transformou em prestadora de serviços municipal. Do outro, o recém criado blog AmamosParaty (http://amamosparaty.blogspot.com/2011/09/senhores-vereadores-parem-essa-obra-e.html), condena a Casa Azul por armar uma necessidade para captar recurso, com a aval da Prefeitura, Iphan e do Convention em fazer uma obra num espaço sagrado, até então, funcional e agradável.

Ambos os artigos nos mostram claramente ou a falta de capacidade da Prefeitura gerir projetos estratégicos para o município, sejam de ordem turística ou urbanística, ou, na pior das hipóteses, a manipulação de instituições locais através da utilização de recursos públicos.

Como o dinheiro está à rola na prefeitura, por que não fazer um agradinho aqui e outro ali? Isso até seria legítimo, mas a prefeitura não possui uma secretaria de turismo e uma de obras? Então por que não fecha essas duas secretarias de uma vez, uma vez que está passando suas atribuições para outrem, sem a utilização de concorrência pública? É simples: como manteria o silêncio dos funcionários, dos comissionados, dos contratados e parceiros? Esse governo é assim, ele vai comprando todos que de uma forma ou de outra poderia questioná-lo. É o famoso calaboca, ou arrego, no jargão do jogo do bicho, chegando no dia-a-dia paratiense. Estamos progredindo.

Vou dar um exemplo de como funciona a lógica desse governo através de um relato de um amigo meu, comerciante há mais de 30 anos:

Paraty estava na baixa baixíssima e esse amigo não sabia como honrar suas contas. Passa um mês, dois, três e nada de melhorar. Ele, inconformado, reclamou com amigos. Suas desventuras chegaram aos ouvidos do governo municipal. O grande líder não teve dúvida, foi ao comércio desse comerciante, ouviu suas queixas, e soltou essa pérola de solução:

- Se você fechar as portas, não se preocupe, eu tenho um emprego pra você na prefeitura.

O que percebo nessas “parcerias” entre a prefeitura e “instituições” é que o que importa mesmo é o esquema. E esse se traduz assim: você deve fazer mas não faz. Se faz, faz mal feito. Eu posso fazer bem feito. Me dá o dinheiro que eu faço. Se me der, está tudo certo. Todos ficaremos felizes.

E a responsabilidade social? Vale tudo? Só não vale dançar homem com homem e mulher com mulher? Onde foi parar a legalidade, a transparência, a seriedade, o respeito do dinheiro público e aos nossos vizinhos? Para os amigos tudo, e para os outros a lei?

Essa prática ficou muito clara e feia quando um empresário de turismo de Paraty abriu um jornal e tornou público os absurdos que aconteciam na prefeitura. Depois de três edições batendo, ele parou com o jornal sem nenhuma explicação (http://zepital.blogspot.com/2011/09/o-preco-do-silencio.html). Seis meses depois ele abriu outra firma e hoje é um dos felizardos famigliares que tem contrato milionário com a prefeitura.

Não há corrupção de mão única. Vemos que a capacidade financeira da prefeitura é tão sedutora, que aqueles que deviam cobrar e até questionar o descalabro que se instalou em nosso município, simplesmente, sob a burca de boa vontade e intenções imaculadas, capitulam aos pés das possibilidades milionárias que o poder público dispõe.

E vejam! Esse não é um privilégio de OSCIPS, instituições, como o Convention e a Casa Azul, que miram claramente no dinheiro público, mas a própria Câmara de Vereadores, que deveria ser a guardiã do interesse do cidadão menos favorecido, mostra-se cega e, também, incapacitada de reverter esse triste quadro.

Até quando esperar? Até me ajoelhar, esperando a ajuda de Deus?

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Os espiões da prefeitura

O alto escalão da prefeitura procura por espiões, que vazam o que está acontecendo na alcova do poder público. Como se houvessem coisas a esconder do contribuinte... Mas se há, e se estão tão preocupados, o ministério Público deveria investigar. Há corcoroca nessa toca.

Mas quem seriam esses espiões que passam documentos e informações privilegiadas para a oposição e gente que quer o bem do nosso município? Há menos de 400 dias da mudança de governo, e sem a possibilidade da continuidade da gestão Zezé muita gente já está preparando a cova daqueles que só souberam lhe dar pasada nas costas.

Que humilhação maior que privilegiar cabos eleitorais com altos salários, sem ter sequer, a obrigação de bater cartão? Que humulhação maior de ver uma administração cujos altos cargos são preenchidos por famigliares (já me ameaçaram de processo por eu denunciar o nepotismo aqui, usando a palavra famiglia para me referir a essa prática medieval). Que humilhação maior do cidadão que estuda, viaja, gasta o que não tem, faz um concurso público, passa, e vê sua vaga ser preenchida por mais um incompetente que está alí porque votou no governo? Que humilhação maior de ver comissionados se fartando das benesses da impunidade?

É, senhor prefeito... Arrisco dizer que o(s) espião(ões) está(ão) muito mais perto do que V.Exa pensa...

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Depois de manipulação, comentários serão moderados a partir de agora

Estou escrevendo esse blog há cinco meses. Desde então tenho mantido os comentários livres para quem quiser se manifestar. Por motivos óbvios, muitos anônimos e valeram desse veículo para emitir sua opinião. A média de comentário por post sempre foi baixa, de dois a três, quanto muito. Há três posts atrás tive uma profusão de cometários. Mais de 50. Fiquei feliz, afinal, a melhor coisa para o blogueiro é a interação. Cheguei até a comentar minha satistação.

Acontece que... era tudo manipulação! Grupos interessados em me desestabilizar, resolveram não só comentar o blog, mas utilizar desse importante veículo de opinião para ofender outras pessoas e com isso me prejudicar. Arma de covardes. Algumas dessas ficaram, com razão, ofendidas e vieram me procurar e reclamar. Alguns comentários também me alertaram quanto à má fé dos outros, me recomendando cuidado.

A partir dessa experiência resolvi revisar os comentários e adotar a moderação. Comentários a partir de agora só serão liberados mediante minha censura, infelizmente.

Sou terminantemente contra esse tipo de atitude, mas diante do recalque daqueles que ao invés de criarem seu próprio espaço de discussão, invadem o de quem quer realmente discutir o andamento político de nosso município e tentam nos piratear, não tenho outra opção.

Mas ainda aceito anônimos...

Para os comentaristas maldosos e desavisados, quero deixar claro aqui que meu blog é de OPOSIÇÂO ao governo que aí está. Sendo assim, se você for da situação, ou tiver simpatia por essa administração, procure os blogs ligados ao governo para dar seu testemnho à excelente atuação (se assim achar), ou simplesmente crie seu próprio blog (se tiver competência e tiver coragem de se expor) e faça os elogios que achar importante para o que ou quem for importante pra você. Dispenso colaborações com segundas intenções.

Quero aproveitar para me retratar de uma coisa que não fiz à Isabel, escriturária da Prefeitura de Paraty com que trabalhei em 2001, ressaltando que em nenhum momento me referi a ela seja de forma direta ou indireta nos meus posts, mas que ELEMENTOS MAL INTENCIONADOS e COVARDES, se aproveitaram da interatividade desse veículo para destilar seu VENENO contra possíveis inocentes, com objetivo TORPE de me atingir.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Nem contra, nem a favor. Muito pelo contrário.

A apenas um mês da data limite de filiação partidária, que determinará quem ficará de que lado, e de quem se aliará com quem na próxima eleição, o quadro político se movimenta, e muito. Outro ingrediente que apimenta essa relação é a ‘análise qualitativa’, ou em outros termos ‘posição oportunista’, principalmente para os que estão mamando nas tetas governamentais.

Para esses, estabelece-se um vil impasse. Se o governo estivesse com prestígio, fosse unido em torno do desenvolvimento de todos, e não nos interesses da famiglia, possivelmente seria uma boa solução de continuidade, ou, se até na hipótese de Zezé ser o candidato a prefeito, o que a lei não permite, seria lógico surfar na sua popularidade e nas benesses que uma prefeitura milionária proporciona. Foi assim que aconteceu em 2008, e deu certo, apesar da baixa margem de votos de Zezé em relação aos outros candidatos. Mas foi acertada a decisão, e o governo se manteve.

Agora o cenário é muito diferente. O candidato do governo não é Zezé. Escândalos como a dos shows superfaturados e das malas mal explicadas de elementos ligados diretamente à orgãos estratégicos da prefeitura darão munição farta para opositores, isso sem falar na possibilidade de uma visita da Polícia Federal na prefeitura antes do abrir das urnas ano que vem. E político sabe muito bem que o ditado “diga com quam andas que direi quem é” pesará em muito para o eleitor nessa hora.

Tem ainda o problema de que a situação de dividiu e perdeu o foco no pleito eleitoral, e que o grande mentor se aproveita dessa incerteza para se dar bem daqui a quatro anos e se colocar como oposição da oposição, transformando-se em liderança inconteste...

Ora, diante disso tudo, o que se passará na cabeça dos políticos de sustentação e outros que optaram pelo silêncio em nome da governabilidade? O que passará pela cabeça dos veradores de situação, prefeitinhos (ou seriam coordenadores – cabos eleitorais pagos com dinheiro público), e até dos empreiteiros e prestadores de que estão percebendo o barco fazer mais água a cada dia?

O fato é que o tempo está acabando. Ou se rompe agora e se reposiciona, ou vai mamando até as convenções em maio, correndo o grande risco de ser tachado no futuro de traíra na situação e oportunista na oposição, perdendo de ambos os lados numa futura definição. Há também o risco da síndrome da zona de exclusão, quando o político se filia num partido de base contrária, e tem que fingir simpatia para ele, quando é financiado e pede votos para outro.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A terceira via se movimenta

Enquanto a situação racha sua base entre Dedé e Valdecir, uma terceira via, que também tira muito voto da situação, vai se formando, a do Luisão da Dalva.

Pré candidato a prefeito pelo Democratas, assegura já ter fechado base de apoio com os partidos PRP, PTC, PTN, PSL, PHS e PTC, e mantém entendimentos com PR, do Tuco Gama, e PSDB, do Boy Malvão. A sua estratégia é arregimentar um batalhã de candidatos a vereadores, que, somados os votos que já tiveram no passado, chegam a 8 mil. Só não ficou claro se está incluso os votos de Tuco e Boy...

De qualquer forma, vemos uma certa coerência (matemática?), onde a incoerência política tem se estabelecido como um padrão.

Quando observamos o racha da situação em torno da nova prefeitura, me vêm o impasse do tostines na cabeça: é muita isca pra pouco peixe ou é pouco peixe pra muita isca. Com uma prefeitura milionária, arriscaria dizer que é muita isca pra muito peixe. Daí a profusão de cardumes.

Luisão - Pré candidato à prefeito pelo Democratas

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Précandidatos da situação se movimentam e demostram fraqueza

Semana passada tivemos duas reuniões políticas, quase ao mesmo tempo. Uma convocada pelo Prefeito, na The One, por volta das 18 h, e outra, convocada por Dedé, no auditório do Parque Hotel Perequê, três horas mais tarde. Ambos de prefeitáveis concorrendo à uma vaga pela situação.

A primeira foi prestigiada por umas 200 pessoas. Uma mixaria de gente, se considerarmos que foram emitidos 800 convites em off set, e considerando que foi o governo que convidou. E governo não pede, manda! Ainda mais que grande parte dos presentes foram pessoas ligadas (contratadas) pelo governo.

Apesar da reunião ter sido realizada para o lançamento oficial do canditado do governo, Waldecir Ramiro, Zezé errou ao comentar que está tentando enrrolar o Ministério Público, e com isso evitar a demissão dos 400 comissionados. Logo depois deu seu apoio ao candidato sucessor, que foi vaiado em resposta. Faltou simancol ao prefeito...

Pelo que vemos, um desastre de reunião. Tanto que acabou rapidinho...

No Parque Hotel, os que mais se falaram foram Dedé e Zé Cláudio. Um apoiando o outro, corroborando sistematicamente nas opiniões. Pareciam até que foram aliados desde bebezinhos. Tuco Gama ficou nervoso e não falou. Rogério Ramos, viceável disputadíssimo e até hoje sem partido, ganhou pontos ao se posicionar finalmente em apoio à candidatura de Dedé.

Como já disse antes em vários artigos, Dedé representa a continuidade desse governo, e isso ficou muito claro na reunião, pois não se falou em momento nenhum nas mazelas desse governo. É como se ele não existisse e vivêssemos no éter celeste. Também não se fez nenhuma proposta concreta de alternativa. Apenas muito blá-blá-blá. Se um dos dois fosse pastor até daria pra entender. Falou-se muito em experiência, como adjetivo necessário para o próximo governo que terá quase um bilhão de reais de orçamento (isso se falou muito) para os quatro anos do novo governo. É pena que essa experiência toda tendo na mesma mesa três ex-prefeitos (considerando Rogério Ramos como interino no governo do Édson Lacerda por muitos meses), não se traduziu em propostas concretas para o desenvolvimento de nosso município.

Concluindo...

Se juntarmos as duas reuniões e espremermos, não aproveitamos muitos do caldo que dá. A situação mostra-se fraca, fragmentada e sem objetivo definido. Patina nas ansiedades do eleitorado por não ser corajoso para atacar o grande mentor, que o alimenta com cargos (candidatos cujos parentes e amigos fazem parte da máquina governamental), benesses (candidatos que mantém contratos com a prefeitura e parentes em altos cargos), e possibilidades (candidatos que se submetem à flertes do goveno por interesse pessoal, mas que na verdade os detestam). Isso faz com que fique no ar uma continuidade que irá enterrar o próximo sucessor do governo.

Parabéns ao Zezé, que deve repetir o objetivo de outros prefeitos de Paraty: não eleger seu sucessor, e voltar como alternativa na sucessão do seu sucessor.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A hora da CPI

Estão começando a pipocar em Paraty e outros municípios que mantém uma conduta administrativa duvidosa, decisões judiciais que tentam por fim às irregularidades constatadas. Em alguns casos o Ministério Público pede o afastamento das autoridades envolvidas, em outros, indignados com a situação de seu município, a própria Câmara de Vereadores toma essa iniciativa e chama o executivo à responsabilidade, aravés de instalação de CPI, Comissão Parlamentar de Inquérito, igualzinha aquela que cassou o mandato do Fernando Collor, e o manteve na geladeira por oito anos. Isso por causa de uma corrupção que não ultrapassou R$ 50.000,00 nos dias de hoje...

Em Paraty mesmo, já foram algumas criadas CPIs, onde as apurações não deram em nada. Mas foram muito importantes para mostrar a importância desse instrumento, e da Câmara de Vereadores. Uma delas foi contra Dedé, onde foi questionado o desvio de dinheiro para construção de quebra-molas. Foi provado que eram apenas especulações. Zé Cláudio também respondeu a uma CPI, que apurava a contratação do Instituto Histórico na classificação de documentos no arquivo da prefeitura. Um contrato inferior a R$ 8.000,00. Também não deu em nada.

Hoje, apesar de diversas denúncias e suspeições que passam por malas recheadas de dinheiro, obras caríssimas mal feitas, nepotismo, superfaturamento, tudo às claras e ducumentado, percebemos um legislativo alheio a tudo isso, como se vivêssemos num município acima de qualquer suspeita. Um verdadeiro país das maravilhas, com direito à calçamento de tijolinho de ouro e tudo (mas não seria Oz?).

A mordaça prova mais uma vez o poder do executivo, afinal a maioria absoluta da bancada é da situação. Os poucos que sobram quase nada podem fazer. Mas diante disso fica a pergunta que não que calar: será que mesmo com tantos escândalos, no momento que estourar a bomba, os vereadores que apoiam incondicionamente o governo pensam que nada irá respingar neles? Já passou a hora de uma CPI. Mesmo para provar que a mala era economia de anos e anos, tijolinhos são mais resistentes e belos que granito, cargos comissionados não mostram seus diplomas para não parecer metidos e os músicos de Paraty recebem mesmo 30 mil por show, só escondem isso para sonegar do Leão.

O fato é que em menos de 30 dias os vereadores têm que se reposicionar no quadro político partidário. Quem for apoiar a oposição deverá nesse período se aliar a partidos de oposição. Quem acreditar na situação deverá pular para partidos que apoiam a situação ou se manter onde estão. Esse é o movimento. Fazer de conta que nada está acontecendo ou não, poderá fazer a diferença entre ganhar e perder muitos votos.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Boataria é estratégia do governo para resolver problema com pessoal

Se é feio uma pessoa qualquer for flagrada fazendo fofoca , imagine autoridades municipais, que foram eleitas para administrar o município com seriedade que a coisa pública merece... Na sexta o prefeito se reuniu com os secretários e disse que em razão de decisão judicial terá que demitir cargos comissionados, mas não entrou em detalhes. Depois começou a boataria, partindo de secretários de governo, atribuindo a ação ao PT, possivelmente para prejudicar o pré-candidato do partido, Casé.

O fato é que o SIMPAR entrou sim com duas ações tentando obrigar a prefeitura a chamar os concursados que tiveram sua vaga tungada por membros da famiglia. Vejam em www.tj.rj.gov.br (processos 0001263-56.2011.8.19.0041 e 0001046-13.2011.8.19.0041). Mas se fosse isso, por que secretários e subsecretários se sentiriam ameaçados? Eles são agentes políticos, são de nomeação exclusiva do prefeito. Não dependem de concurso e seu cargo está garantido até o fim do governo que os nomeou, ou quando nãon servirem ais aos interesses governamentais.

Então poderia ser em razão do nepotismo, outro câncer instalado em nosso município carente de extirpação. Mas, mesmo nesse caso, alguns secretários que estão dizendo que serão demitidos não possuem grau de parentesco com outros secretários ou diretores...

Como vemos, tem caroço nesse angu. Que a prefeitura está ilegal, não há dúvida. Que vai ter que fazer ajustes também não. É questão de tempo. A justiça humana tarda, falha às vezes, mas às vezes funciona. A divina não perdoa. Um dia a casa cai.

É aí que entra a fofoca que falei no início do artigo. Quando o governo tenta reverter a decisão da justiça a seu favor na tentativa de ganhar apoio político do mais incauto, colocando o PT como grande vilão. Um verdadeiro absurdo, e diria mais, de ingenuidade infantil.

Se tungar vaga de concursado fosse certo. Se nomear a parentada para cargos que necessitem qualificação fosse certo. Se contratar prefeitinhos (agora coordenadores) que ficam em casa e ganham mais de R$ 2500,00 mensais para fazerem campanha for certo. Pau no PT. Caso contrário, mesmo que fosse iniciativa do partido, só teríamos que parabenizar sua iniciativa.

sábado, 23 de julho de 2011

Governo agoniza com a iminência de demitir cargos comissionados


Pelo que parece o governo municipal vai ter que demitir cargos comissionados (aqueles que o governo nomeia por critérios que acha conveniente, mas sem critério técnico), em razão de decisão da justiça. A ação foi impetrada pelo SIMPAR, sindicado dos funcionários públicos municipais, logo após perceber que o concurso público realizado pela Prefeitura de Paraty foi mais uma forma de ganhos fáceis para a famiglia, em detrimento ao interesse público.

A estratégia da prefeitura, na época, foi convocar um concurso público para diversos cargos, que faturou para certos “institutos” quase R$ 300 mil, mas que não serviu de nada. Ou seja, muita gente pagou a matrícula, se deslocou de diversos locais do país, fez o concurso, passou, mas nossos “líderes” colocaram nessa vaga “gente chegada, companheiro de bar e outros famigliares”. O sindicato não gostou, entrou na justiça, que agora manda chamar os concursados e dispensar os membros da “famiglia” que se beneficiaram fraudulentamente da maracutaia.

Parabéns para a justiça e para o Simpar. Aos desempregados, digo que não se preocupem. Com certeza haverá lugar para eles nas produções dos shows, ou nas empreiteiras “acima de qualquer suspeita” que prestam serviços e favores para a famiglia. É questão de ajuste. Estamos entrando emm época de “política” em que se pode fazer tudo.

A droga é uma merda. Morre a mais negra das inglesas

É uma pena morte de Amy Winehouse com apenas 27 anos. Louca? Quem não ficaria diante do tranbordo de tanto sentimento? Lembranças à Janis Joplin!

Vidal assume a superintendência federal da pesca

Hoje vou falar de trajetórias. Algumas trajetórias que podem ser analisadas em conjunto ou individualmente, mas que levam a um só objetivo: o crescimento de nosso município.

Paulo Eduardo, presidente do PT em Paraty, comerciante e filho de família tradicional. Depois de passar por uma série de partidos, filiou-se ao PT e após anos de militância foi eleito presidente ano passado. Paulo Eduardo representa a renovação do PT de Paraty. É um petista liberal e progressista. Em pouco mais de um ano, foi o arquiteto da união e renovação, não só do PT em Paraty, mas de toda Costa Verde. Sereno sempre, viceral nas horas necessárias, provou que unidos, a Costa Verde pode mais. Foi determinante na associção do PT de Paraty, Angra, Mangaratiba e Rio Claro em torno do proprósito de desenvolvimento comum da Costa Verde. Isso tudo sem mandato, munido apenas do sonho da transformação, às custas de muita reunião, lábia e cafezinhos.

Luiz Sérgio, sindicalista, homem do povo, petista. Como eu e você. Assim como Lula, sempre engajado na luta por melhores dias, foi prefeito de Angra, Deputado Federal por dois mantatos e ministro em duas pastas, numa trajetória invejável aos mais importantes homens desse país. Como eu e você.

Vidal, do Corumbê, filho de pescadores, vereador do PMDB, formado no CEMBRA, assim como eu, você e muitos que lêem essa coluna, hoje nos orgulha quando assume o cargo mais importante concedido a um paratiense. Samuel Costa, grande prefeito, porta e visionário, foi Deputado Estadual no início do século passado. Depois dele, sobe ao pódio do poder, uma pessoa simples, pescador de sonhos, no cargo de Superintendente Federal da Pesca do Estado do Rio de Janeiro. Um feito inédito e grande orgulho para nosso município.

Agora, como um filho de pescador pôde chegar tão alto, com tantos tubarões rondando as oportunidades palacianas? Ao analisarmos a trajetória dos três, fica muito claro o resultado dessa conjunção, e a inteligência de todos na condução desse processo, que teve início na eleição de 2010, pra presidente da repúbica, governador, deputado e senador.

Eu disse na última coluna, “O Casamento Ideal para Paraty” que as forças de oposição deveriam se unir para conseguir o poder e tirar Paraty do abismo que se encontra. Essa união foi iniciada nas eleições de 2010, quando a oposição se uniu e apoiou candidatos que hoje estão no poder, e de forma coerente, não oportunista e descolada de princípio como a grande maioria das “lideranças” fez. A coligação de oposição conseguiu eleger presidente da república, senador, governador, deputado estadual e federal. Um desses, Luiz Sérgio, um dos mais votado no município, foi nomeado Ministro.

Ora, quem ajuda a ganhar, ajuda a governar. Diante desse sucesso, logo após a posse do governo Federal, Dilma nomeou Luiz Sérgio Ministro das Relações Institucionais. Vidal, sempre aflito com as questões costeiras, tendo apoiado Luiz Sérgio no pleito vitorioso, pediu à Casé, irmão de Paulo Eduardo e precandidato à prefeito em Paraty pelo PT, que intervisse na substituição do Superintendente Federal da Pesca no Estado do Rio de Janeiro, que estava deixando a desejar nas inspirações do setor. Ambos foram unânimes a dar o apoio, mas na condição que Vidal fosse o candidato, dada reconhecida competência no setor. Inicialmente pareceu uma proposta meio fantasiosa, até mesmo impossível, mas depois de muita conversa, e artiulações percebaram que Vidal seria a melhor opção para a pesca no estado, nascendo, aí, uma campanha de apoio ao nome de Vidal. Esse, por sua vez não se fez de rogado, vestiu seu colete à la Minc e saiu em campo, de coração aberto, e a sonhos vistos, visitando quase todos os municípios do litoral em busca de apoio. Nessa jornada, conseguiu inclusive a assinatura do goverandor Sérgio Cabral e do Vice-Governado do estado Pezão, estre senadores, deputados federais, estaduais e presidentes de instituições ligadas ao setor da pesca, tendo como primeiro signatário Luiz Sérgio.

Esse documento de apoio foi entregue no início do ano a então Ministra da Pesca Ideli Salvati, que ficou de analisar o pleito, que não disse nem sim nem não. Com a mudança ministerial, Luiz Sérgio trocou de posição com Ideli, tornando-se o Ministro da Pesca e Aquicultura, nomeando Vidal o superintendente no estado que o elegeu, Rio de Janeiro.

Essa história seria ridicularmente óbvia, se Vidal não fosse do PMDB, que apesar de ser da base aliada, sofreu com pleitos do próprio partido do ministro, o PT, e com a sanha dos mais radicais. Mas aí entrou uma pessoa mais radical ainda, e como disse anteriormente, o viceral Paulo Eduardo. “Defendo mais que a união PT-PMDB em Paraty e no Brasil. Defendo que Vidal, do PMDB, é o nome mais indicado para a pesca do estado. Temos que lutar por isso.”, dizendo Paulo Eduardo em defesa a Vidal nas reunições partidárias da executiva do PT no Rio de Janeiro.

Com essa postura coerente e não individualista, como age a maioria dos “líderes” que conhecemos, ganhamos um fato histórico e que nos orgulha de sermos paratienses. Orgulho este que nossos ancestrais e contemporâneos tiveram quando viram Domingos Gonçalves de Abreu erguendo o pelourinho por conta própria, os fazendeiros contribuindo pelo resgate o Rio de Janeiro então nas mãos dos franceses invasores, Samuel Costa brigando por Paraty na assembléia legislativa, o Jopacol defendendo as correntes que protegem o Centro Histórico.

Que fique a lição metafísica e musical: 1 + 1 é sempre mais que 2.

terça-feira, 12 de julho de 2011

O casamento ideal para Paraty

A foto abaixo me inspirou a produzir mais esse post. Quem não aguenta mais as ações esse governo e quer que Paraty volte a se desenvolver tem uma opção nas próximas eleições. A fórmula é conhecida: união. É necessário que a oposição se una. Pra que você se insira nesse processo é necessário entender o meio ambiente político de Paraty, que tentarei explicar:

Paraty é dividido me dois blocos: Arena e MDB. Parece estranho mas não é. Entenda-se por direita e esquerda. Conservadores e trabalhistas. Situação e oposição (embora essa classificação não defina a posição em relação ao prolateriado).

Nesse cenário quem está no poder é a Arena. A oposição é o MDB.

Trazendo para a realidade, todos aqueles que apoiaram, apoiam e votaram nesse governo são situação. Vários partidos fizeram parte da vitória: PTB, PSB, PRB, PSDB, PT do B são os que compõe a bancada na câmara e o executivo municipal.

Fora esses tivemos concorrendo, o PDT, do Jaime, a frente PMDB, PR e PSC, que apoiou Zé Cláudio, e o PT, juntamente com uma séride de partidos pequenos, entre eles o PV e o PC do B.

Zezé foi vitoriosos. Os outro perderam. Se naquele momento as forças de oposição tivessem se unido a oposição teria ganhado. Isso é matematicamente comprovado. Como não houve acordo, Zezé renovou o mandato.

Há 450 dias da eleição, a fórmula continua a mesma. Se não unir perde. Se unir ganha. A questão que proponho aqui é:

Se você é partidário da alternância de grupo no poder, e fique certo de que Valcedir, Dedé e Luisão fazem parte da famiglia, você tem que apoiar a união das oposições. Independente de quem seja o candidato, essa é a fórmula.

Por isso a campanha agora não é torcer para o candidato A ou B, mas insistir para que os partidos de oposição sigam unidos. Só assim poderemos sonhar com a mudança que trará prosperidade para todos não só para a famiglia. Só assim poderemo ver obras bonitas, bem projetadas e com preço justo. Só assim poderemos manter nossos filhos na escola pública e confiar na eficiência da saúde. Só assim poderemos ganhar dinheiro com turismo e pagar nossos impostos em dia tendo a certeza de que não foram parar numa mala qualquer, mas em serviços que nos retornem benefícios reais.

Pense nisso. Olha a foto que me inspirou e que tem dado certo no estado e na união:


Flip: quem te viu. Quem te vê.

Falar sobre a Flip não é fácil. É realmente um evento de tirar o fôlego, mas não podemos nos furtar à responsabilidade de analisar alguns aspectos que, sob minha ótica, e na qualidade de observador paratiense e empresário de turismo não posso deixar passar.

Mantenho na rede uma Central de Reserva online, a ReservaExpressa (www.reservaexpressa.com.br), e para deixar nossos clientes sempre informados do que está acontecendo, monitoro os canais de notícias e divulgo no portal. Nunca a Flip gerou tão pouca mídia, pelo menos que chegaram até aqui. Antigamente era até chato. Toda semana tinha uma coisa ou outra. Esse ano não foi assim, e não tem sido assim. Verifico, através dos pedidos de resevas que chegam na central, que não só a mídia, mas a frequência cai sistematicamente. Posso afirmar que em 2009 tivemos 90% de ocupação, em 2010, 60% e nesse ano 40%.

Muita gente diz que é por causa dos preços praticados. Não acredito, já que os preços de hotéis estão estabilizados há mais de três anos. Numa crise de turismo como essa ninguém é louco de aumentar preço. No máximo manter. Mas do jeito que as coisas estão acredito que as pousadas não terão mais coragem de fazer pacote ano que vem. Isso será prejudicial para o turismo na cidade e para a própria Flip, já que o padrão de turista vai cair muito. Gente que vai vir com dinheiro contado que não deve sobrar pra comprar os livros e gadgets que são vendidos nas lojas da Flip e nas da cidade.

De certa forma, também não é de todo mal a cidade não ficar lotada, já que por muitas vezes demostrou que não tem competência para atender tanta gente. Ano passado foram inúmeras as críticas que recebemos da falta de infraestrutura da cidade. E estava a 60%...

O problema é que muita gente daqui conta com o evento para tentar pagar as contas acumuladas nos piores meses do ano que antecedem a festa. Ou seja,a equação excesso de turista x turista de qualidade x pacote da flip x infraestrutura da cidade x infraestrutura do receptivo x organização do evento deveriam ser discutidos à exaustão pelas autoridades municipais, empresários e organizadores da Flip para que, efetivamente, todos ficasse felizes com o evento, não só uma meia dúzia de alienados que não percebem o que acontece a sua volta. E como disse João Ubaldo Ribeiro na própria Flip, nada mais útil do que um cheque gordo para inspirar quem quer que seja.

Fiquei feliz em não ver lixo durante o evento. O mesmo aconteceu no Festival do Camarão desse ano. Será que a prefeitura aprendeu o óbvio? Parece que minha matéria sobre a lixeira que se transformou a Festa do Divino fez efeito.

Voltando à Flip, tive uma péssima impressão quando vi a segregação do Centro Histórico para "valorizar a borda d´água". Ora, você não pode despir um santo para vestir outro. Ficou horrível a quadra vazia, pior ainda a praça da matriz, e todas as tendas e alegorias instaladas do lado da matriz ficaram deslocadas, desproporcionais ao espaço que as envolvia. E a borda dágua... Francamente. Usar um evento para alavancar um projeto de mais de trinta anos só porque o diretor executivo do evento é o pai do projeto de urbanismo da Borda Dágua é no mínimo prevaricação. Pena que ele não é funcionário público. Se fosse poderia se enquadrado (se o governo de qual participasse fosse sério, óbvio).

O fato é que a nova disposição, impecavelmente bem produzida com o dinheiro dos patrocinadores não colou. Pelo menos para mim. Muita gente também gostou, mas ninguém me tira a impressão de meia-boca, de forçação de barra, em cima de uma fórmula que sempre deu certo.

Que fim levou os boneções do Jubileu? Caetano já dizia que a grana constrói e destrói coisas belas. Parece que dessa vez destruiu. O cinema do "esquema de superfaturamento" (mas essa é outra história) que abrigava a Flip Zona também fez falta e ajudou ainda mais a esvaziar a praça, a OFF FLIP paratiense, que está praticamente dizimada para alegria daqueles que a tem como concorrente, as manifestações puras e populares que sempre nos surpreendiam em feiras anteriores. Turo isso fez muita falta. Participei pouco dessa edição, acredito que em participou mais deva ter sentido falta de muitas outras coisas. Para não ser só crítico, diria que um dos pontos altos desse eventos é justamente a OFF FLIP oficial. Os parceiros da Flip produziram ótimas opções paralelas.

Isso tudo faz com que me pareça que a Flip está confusa. Deve ser crise de preadolescência. Ano que vem tem muita matéria pra estudar. Muito livro pra ler... A mídia foi pouca: faltou alguém que chamasse mais atenção ao evento. Os grandes ganchos de midia foram a justa revolta do italiano, e a também justa desistência da presidenta, afinal, vir a Flip e não ver od bonecões do Jubileu é o mesmo que ir ao Vaticano e não ver o Papa! Deve ser hora de trocar de curador. Mas já não foi trocado ano passado? Quem sabe não está na hora de trocar quem troca? O que é certo é que do jeito que está não pode continuar. Acho inclusive que ao selecionarem Carlos Drummond de Andrade com tanta antecipação deve ser uma justa reação à tanto desastre. Mas não adianta tampar o sol com a peneira. Vamos continuar observado.

Chegamos a 1000 acessos!

Gostaria de agradecer muito a todos que participam direta e indiretamente para manter esse blog, em especial ao Zé Pital, ao Vidal, ao Dax e ao Rômulo, que potencializam os acessos no que chamamos de Rede de Resistência aos absurdos que vem acontecendo no nosso município.

Também agradeço aqueles que comentam nesse blogs e nos outros blogs. É através dos comentários que conseguimos medir se nosso trabalho está atendendo ou não nossos objetivos. Sei que muita gente tem rabo preso com a famiglia, e entendo que manifestam sua insatisfação com comentários anônimos, mas, desde que não ofensivos ou pessoais, credito a eles legitimidade e a importância necessária para mantermos essa rede cada vez mais forte.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Seja o primeiro a conhecer a pesquisa pra prefeito de Paraty

12/7: 8 COTAS SOLICITADAS
5/7: 6 COTAS SOLICITADAS

Hoje a pesquisa é o maior aliado do político moderno. Ele utiliza esses métdos para se orientar sobre as tendências do eleitorado e para decidir se vai discutir um ou outro assunto. Serve para prever ações e corrigir manobras.

O problema é que essas pesquisas ficam limitadas a uma meia dúzia de pessoas, e muitas vezes são manipuladas de acordo com um ou outro interesse.

Por acreditar que as pessoas que frequentam esse blog são pessoas que tem interesse em saber as tendências reais, proponho fazermos uma e-vaquinha e contratar a nossa própria pesquisa para prefeito e vereadores. O custo de uma pesquisa é R$ 6 mil. Proponho dividir em 200 cotas de R$ 30,00. Se conseguir financiamento de 200 cotas, contratarei a pesquisa, e os participantes conhecerão em primeira mão os resultados. Depois de uma semana eu publicaquei aqui a íntegra da pesquisa.

Uma ótima oportunidade para aqueles que desejam concorrer à prefeitura, vice e vereador mas não tem dinheiro suficiente para bancar uma pesquisa sozinho.

Quem quiser participar, deve enviar um email para heraldo@viaparaty.com.br, definindo o número de cotas com qual quer contribuir.

Dedé se lança pré-candiato à prefeito

Domingo retrasado o ex-prefeito e ex-secretário de turismo do Zezé, Dedé, lançou sua candidatura. Subiram em seu apoio, discursando sobre suas qualidades, Zé Cláudio, que o derrotou nas urnas em 2001, e Tuco Gama, que foi vice de Zé Cláudio na campanha passada.

Tudo indica que Dedé sairá pelo PSDB, mas muita gente está dizendo que ele poderá sair pelo PSB. Se for por esse partido, o Vereador Izaques ficará numa saia justa com Valdecir, seu candidato, pois não poderá manter seu apoio sob pena de perder o mandato por infidelidade partidária.

Muita gente também aposta que essa é apenas uma manobra pra bagunçar a oposição, e que Valdecir irá se curvar ao mestre em troca de uma secretaria e a manutenção de privilégios da famiglia.

Ponto alto, entretanto, foi Zé Cláudio subir no palanque e discursar sobre as qualidades do pré-candidato. Ainda mais quando, na última reunião com a executiva do partido, ele saiu como possível pré-candidato do PMDB, se seu nome crescesse nas pesquisas. Pelo visto, nem ele mais aposta em seu próprio nome... Só é uma pena ele ter se associado à situação, embora a estratégia dessa seja se colocar como oposição na hora da campanha. Lobo em pele de carneiro.

sábado, 25 de junho de 2011

Rotinas

Minhas rotinas são muito básicas: de casa para o trabalho. Do Trabalho para casa. Algumas reuniões de política no percurso. A manutenção do blog no final de semana. Invariavelmente.

Leio os comentários. Me divirto com eles. Todos eles. E provam que a interação é o grande momento. Viva a interação!

Passo, sempre pelo blogs parceiros. Hoje, como todos os finais de semana, verifico os posts do vereador que votei (e não esqueci) e me orgulho: Vidal . (Quantos não podem dizer o mesmo...).

Hoje, entretanto, fiquei impresionado com a frieza dos posts. Não porque são frios, mas desnecessários congelados no freezer da indiferença governamental. Listo pra vocês:

Mais escolas anadonadas: http://vereadorvidal.blogspot.com/2011/06/mais-escolas-abandonadas.html

Transporte escolar no osso: http://vereadorvidal.blogspot.com/2011/06/transporte-escolar-no-osso.html

Vai ter que resolver: http://vereadorvidal.blogspot.com/2011/06/vai-ter-que-resolver.html

Todos falando do caos da educação que detém um orçamento de 25% dos 200 milhões, ou seja, mais de R$ 4 milhoes por mês, R$ 140 mil por dia.

E não sobra dinheiro pra reformar escola, nem pra melhorar os transporte de alunos?

Isso é incompetência velada ao longos dos 6 anos, e pelo que se propõe na candidatura de Dedé e Valdecir, mais quatro (ou cinco)? ou apenas mais uma artimanha para que privilégios sejam mantidos às custas de nossas crianças?

Não me envergonho mais. Deixa eu apenas me orgulhar em quem votei e não deixou de acreditar no que acreditava.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Eventos: eficiência x eficácia

Quando eu trabalhei na Secretaria de Turismo com Tuca Cunha, disse para ele: "Paraty está tão avançado no turismo, que podemos exportar tecnologia".

Esse era um fato naquele momento. Possivelmente em 1991. 20 anos depois, vemos alguns avanços, é verdade, mas o retrocesso foi maior ainda. Cito minha mãe: enquanto uns colocam com dedal, outros tiram com balde. Essa conta não fecha.

Falo isso por que não consigo entender como coisas que a princípio são óbvias não funcionam. O calendário de eventos é um deles. Ano passado o Bourbon Festival simplesmente mudou de um mês para o outro. Esse ano um evento do calendário sumiu e inguém percebeu! Um tal de Belvedere. O Samba Chorinho Paraty corre o risco de não existir, e a Sectur teve a coragem de editar um outro calendário sem o evento. Tadinhos de quem se basear no primeiro e vir à Paraty para ver Samba e Chorinho. Será que não aprenderam com o Bourbon?. No lugar colocaram um Contemporânea Art Paraty, que não seria uma reedição do Belvedere que não aconteceu, a... dois meses atrás?... Já no mês passado tivemos um rodeio, que ninguém sabia que iria ter até 10 dias antes... É uma verdadeira zona financiada com dinheiro público. Ou seria farra?

Se no planejamento é assim, na execução não fica atrás. Virou moda shows principais de eventos começarem com três horas de atraso. Um absurdo para o paratiense que tem que trabalhar o dia seguinte, e mesmo para o turista que não consegue planejar sua estada em Paraty.

Outro fatos assustador é a falta de manutenção da limpeza desses eventos. Apesar dos R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais) anuais pagos para Locanty, não sobra pra pagar alguns garis para manter as festas em condições aceitáveis. Uma vergonha para nós que somos eficientes ao idealizar e produzir grandes eventos, mas ineficazes ao executá-los.

Abaixo algumas fotos que fiz na Festa do Divino:

A sujeira se mistura a cachorros, crianças e pessoas.

Lixo e garrafas pelo chão oferecem risco aos participantes da festa.

Pré-candidatos a prefeito e vereadores se movimentam

O quadro sucessório municipal teve alguns movimentos nas últimas semanas, mas sem dúvida alguma o fato mais importante é o lançamento da pré-candidatura de Dedé, com direito a convite aos amigos chegados para encontro, churraco e tudo. Lembra até eleição americana. Coisas de mundo globalizado. Só faltou perfil no facebook.

O fato é que a situação não se entende. Zezé apoia Valdecir, se cala diante da iniciativa de Dedé, seu mentor, e flerta com seu amigo de infância Luizão. Até parece que ele quer queimar os três de uma vez para voltar como salvador da pátrina na próxima eleição, surfando na popularidade obtida pelos royalties do petróleo... Já vimos esse filme em eleições passadas, mas o final nunca foi muito feliz para aquele que apostou nessa cartada.

Quem comemora com isso é a oposição, que vê a situação bater cabeça de camarote. Seria engraçado, e não fosse desastroso a falta de um projeto político de grupo tão unido no populismo, em detrimento de projetos individualistas.

Enquanto isso, o Ex-Governador Antony Garotinho lança, em Volta Redonda, a candidatura de Tudo Gama a prefeito em Paraty. Outro que só pensa nele. Deu rasteira no Zé Cláudio quando foi candidato a Deputado Federal, quando prometeu que iria fazer campanha para Zé Cláudio na Costa Verde, depois apoiou o Pudim. Deu rasteira no próprio Tuco, que dormuiu candidato a deputado estadual e acordou federal, justamente para ser cabo eleitoral barato para sua própria candidatura. Ele pode até ser individualista, mas burro não é. Pudim e ele foram eleitos com recorde de votação. Agora vamos ver se Tuco segura essa barra, e se mantém fiel ao lider.

De resto, para prefeito tudo continua igual.

Mas para vereador...

Alguns pré-candidatos têm participado de reuniões, chás, encontros, bate-papos... Entretanto, alguns participantes convidados têm se decepcionado com os futuros edis, em razão da falta do que dizer... Futuros parlamentares mudos?

domingo, 5 de junho de 2011

Tubo de Ensaio: Impassível Ser

O Tubo de Ensaio era uma banda dos anos 90 formada por eu, nos teclados, Pestana, na Guitarra, Sandro Galindo, na bateria e Nem, no contrabaixo. Recentemente meu irmão gravou uma música da banda e eu produzi esse clipe. Espero que gostem:

sábado, 4 de junho de 2011

Coluna da Miota: Onça

Na Praia do Sono havia uma onça que estava incomodando todas as famílias. Diariamente tinha a notícia de que uma galinha, ou um porco fosse comido por ela. Geraldo, caçador famoso na comunidade foi inquirido por todos sobre o que ele iria fazer com a “marvada”. De pronto Geraldo disse que ela não duraria mais uma semana viva.

Na manhã seguinte, saiu com sua espingarda à caça do animal. Procurou, procurou e não encontrou. Já estava anoitecendo, e nada da onça dar as fuças. Fez armadilha, esperou em cima de uma árvore. Só jacu e paca apareciam. Resolveu dormir na mata, pra ficar na espreita. Passou a noite em vão. Nada de onça. Na verdade, ela devia ter ido embora ou sido morta por outro caçador, concluiu.
No dia seguinte, já cansado, resolveu voltar para o Sono.

- E aí, Geraldo! E a onça? – perguntou Manoel, assim que chegou à praia.

- Rapaz! Foi difícil, mas resolvi o problema!

- Conta como foi! – disse Manoel, enquanto a comunidade ia se chegando pra saber do acontecido.

- Não foi fácil. Vi a onça, mas ela estava muito arisca. Dei uns tiros aqui, outros ali, até acabar os cartuchos. Uma hora pensei que tinha acertado a danada, mas foi engano. Quando já tava quase desistindo, ao passar pela Cachoeira no alto das Gaietas, dei de cara com a bicha! Não tive nada! Encarei ela, ela me encarou! Tava tão pertinho que não vascilei! Peguei nas suas orelhas, puxei pra perto e falei dentro do ouvido dela: “Sai daqui marvada! Senão eu te mato!“. Ela saiu correndo e se enfiou na mata. Acho que nunca mais teremos notícias dessa onça por aqui! Dessa não!

Impasse Paraty X Cunha

domingo, 29 de maio de 2011

Mistério?


Desde que a Ponte do Pontal começou a reforma, um corpo estranho tem me intrigado. Um pedaço de plástico amarrado numa corda pendurada debaixo da ponte. Olhe a foto acima. Esse objeto deve atrapalhar as embarcações que passam por baixo da ponte e é horrivel para quem, como eu, gosta de fotografar as belas paisagens de Paraty.

Peço aos leitores desse blog que tentem identificar o porque esse misterioso apêndice se mantém intocável desde a reforma da ponte. Tenho algumas suposições:

É alguma peça arqueológica descoberta na reforma, e deve ter sido embargada pelo IPHAN para estudos.

É uma forma de sinalização para peixes. Como a ponte é nova, ela deve orientar os paratis a não pularem muito alto e bater com a cabeça nas bases da ponte.

É uma espécie de obstáculo, de algum tipo de compeição, de forma que os barcos tem que desviar rapidamente. Quem não bater, (ou bater?) ganha a competição.

Arte moderníssima, daquelas que só o autor entende.

??????

Se você tem uma outra tese, ou sabe o que é aquele apêndice pontal, contribua com esse blog e ajude a desvendar esse mistério!

E o carro caiu no meio do rio

Nessa madrugada, por volta das 5 horas, provavelmente ainda no ritmo do rodeio, um carro em disparada na Beira Rio incomodou alguns moradores das Portal Artes. Provavelmente o mesmo que, ao disparar em marcha ré na altura da ponte nova sentido passarela, perdeu o controle e se atirou no Rio Perequê Açu, afundando no meio do rio. O motorista nada sofreu, nadando até a margem do rio. A foto tirada mostra o bagageiro do carro uns 30 cm abaixo da linha d´agua.

Apesar de ter sido chamada logo cedo para fazer a sinalização, até 9 h a Defesa Civil não tinha aparecido no local. Eu fui à Marina do Júnior e pedi para que sinalizassem o local antes que esse acidente gerasse outro.

Agora cabe ao Departamento da Guarda sinalizar o local para que outros carros evitem de estacionar ali. ;-)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Turismo em estado de abandono total

É uma pena a forma com que a prefeitura está tratando nossos recursos naturais. Abaixo algumas fotos que mostram todo esse dascaso:

Entrada o Tobogã. As placas de sinalização estão deterioradas e ainda são da Época do Zé Pital, que fez a implantação da infraestrutura turística do local.
















O que antes era belvedere para a igreja um espaço para descanso, agora é só atende aos interesse de burros e cavalos que pastam por ali. Os bancos estão podres, e o mato tomando conta.
















O totem, símbolo do começo da estada real está podre, assim como a boa vontade das autoridades municipais com a questão do turismo em Paray.





































O Centro de Informações, de abandonado, está em ruínas, com o mato tomando conta.
















É triste. Será que um orçamento de R$ 200.000.000,00 anuais não dá pra investir numa manutenção tão básica? Esse é a prova cabal de que a República dos Advogados só pensa nos seus direitos. Os outros que se danem, inclusive os turistas.