terça-feira, 30 de agosto de 2011

Nem contra, nem a favor. Muito pelo contrário.

A apenas um mês da data limite de filiação partidária, que determinará quem ficará de que lado, e de quem se aliará com quem na próxima eleição, o quadro político se movimenta, e muito. Outro ingrediente que apimenta essa relação é a ‘análise qualitativa’, ou em outros termos ‘posição oportunista’, principalmente para os que estão mamando nas tetas governamentais.

Para esses, estabelece-se um vil impasse. Se o governo estivesse com prestígio, fosse unido em torno do desenvolvimento de todos, e não nos interesses da famiglia, possivelmente seria uma boa solução de continuidade, ou, se até na hipótese de Zezé ser o candidato a prefeito, o que a lei não permite, seria lógico surfar na sua popularidade e nas benesses que uma prefeitura milionária proporciona. Foi assim que aconteceu em 2008, e deu certo, apesar da baixa margem de votos de Zezé em relação aos outros candidatos. Mas foi acertada a decisão, e o governo se manteve.

Agora o cenário é muito diferente. O candidato do governo não é Zezé. Escândalos como a dos shows superfaturados e das malas mal explicadas de elementos ligados diretamente à orgãos estratégicos da prefeitura darão munição farta para opositores, isso sem falar na possibilidade de uma visita da Polícia Federal na prefeitura antes do abrir das urnas ano que vem. E político sabe muito bem que o ditado “diga com quam andas que direi quem é” pesará em muito para o eleitor nessa hora.

Tem ainda o problema de que a situação de dividiu e perdeu o foco no pleito eleitoral, e que o grande mentor se aproveita dessa incerteza para se dar bem daqui a quatro anos e se colocar como oposição da oposição, transformando-se em liderança inconteste...

Ora, diante disso tudo, o que se passará na cabeça dos políticos de sustentação e outros que optaram pelo silêncio em nome da governabilidade? O que passará pela cabeça dos veradores de situação, prefeitinhos (ou seriam coordenadores – cabos eleitorais pagos com dinheiro público), e até dos empreiteiros e prestadores de que estão percebendo o barco fazer mais água a cada dia?

O fato é que o tempo está acabando. Ou se rompe agora e se reposiciona, ou vai mamando até as convenções em maio, correndo o grande risco de ser tachado no futuro de traíra na situação e oportunista na oposição, perdendo de ambos os lados numa futura definição. Há também o risco da síndrome da zona de exclusão, quando o político se filia num partido de base contrária, e tem que fingir simpatia para ele, quando é financiado e pede votos para outro.

5 comentários:

ADIVINHAÇÃO disse...

O QUE É?

O QUE É?

TEM A PERNA CABELUDA E CONTA MENTIRA CABELUDA?

Gustavo Cirne disse...

Caro Heraldo, gostaria de saber a quem? ou a qual se refere usando o termo "famiglia"? e com qual intuito? pois sou venho do Rio de Janeiro e há pouco moro aqui.

Heraldo Arn disse...

Prezado Gustavo,

Para saber mais acesse: http://zepital.blogspot.com/2011/01/nepotismo-e-um-crime-contra-o-erario.html

Gustavo Cirne Porto disse...

É bom vc lavar a sua boca lavar antes de se referir a minha família como se fosse uma máfia italiana, pois fazendo parte da mesma, me sinto ofendido, e tenho total legitimidade e pleno direito de lhe processar por isso.

lucio cruz disse...

OUVIDORIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Como encaminhar uma denúncia para o Ministério Público, órgão responsável pela defesa dos interesses sociais de forma a garantir a cidadania em uma sociedade. Dessa forma, qualquer pessoa pode enviar uma denúncia ao Ministério, Caso não queira se identificar, a denúncia poderá ser anônima e em nenhum caso será necessário utilizar seus documentos pessoais como forma comprobatória, apenas devem ser fornecidos dados suficientes para que as autoridades possam chegar ao autor do delito.Para fazer a denuncia na OUVIDORIA ligue para o tel: 127