domingo, 16 de outubro de 2011

Paraty à espera de um milagre

Enquando as águas de maio fecham o verão, as da primavera abrem, e com ela a lembrança de desastres recentes. Hoje completam três dias de chuvas quase que initerruptas, nos assombrando com possibilidade de deslizamentos e enchentes. A parte os mil reais por cada vara de medição paga pela Defesa Civil (aquele caibro pintado de amarelo que pode-se ver no Perequê Açu), e da remoção dos galhos do rio (não do canal do jabaquara), nada foi feito pelo governo municipal para evitar que sejamos presenteados por outra enchente no verão, época que a cidade está mais cheia, resultando no desastre econômico e social que tivemos no ano retrasado.

A foz do Perequê-Açu parece que foi tombada. Todos os escombrom de dois anos atrás continuam lá, além do sedimento do rio, criando um dique favorecido pelo quebra mar. O outro escoadouro natural, o canal do Jabaquara, depois da última chuva forte, também assoreou, somando-se aos escombros trazidos pela chuva. Some-se a isso a ponte(?) de R$ 900 mil reais que será sendo feita na frente da Pousada Caborê cujas cabeceiras(?) encurtaram o canal em uns 6 metros...

Pareço ser pessimista? Talvez. Mas previsão do tempo não bruxaria, é ciência. E centificamente falando, sabemos que a fórmula CHUVAS DE VERÃO + RIO ASSOREADO + CANAL DE ESCOAMENTO ENCURTADO + IMCOMPETÊNCIA NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS + OBRAS SUPERFATURADAS E MAL FEITAS = DESASTRE ECONÔMICO EM TODO MUNCÍPIO. Entenda-se por TODO MUNICÌPIO quem votou contra e quem votou a favor desse governo. Exceto por alguns sócios da Famiglia INC, que faturam também nas emergências, grande maioria irá se prejudicar com a incapacidade do governo prever o óbvio, e se resguardar.

Esse verão será uma prova de fogo para o principal pré candidato à prefeitura do governo, Valdecir Ramiro, que, como Secretário de Obras, terá a obrigação de não deixar a situação chegar a esse ponto. Ele tem exatos 70 dias para fazer o que não foi feito nesses anos todos. Resumindo: não vai fazer nada. Na falta das obras preventivas, esperamos que o ilustre secretário pelo menos ore para que as chuvas de verão sejam menos intensas esse ano, o que com o desequilíbrio climárico está cada vez mais difícil. Enquanto isso, na falta de ações científicas e pragmáticas, restam a nós cidadãos nos apegar na possibilidade de mais um milagre.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Mais um projeto no ar: Qual é a operadora?

Entre uma página de filiaweb e outra (sistema de filiação partidária do TSE) desenvolvi um sistema que informa qual a operadora do número de um telefone, bastando informar o DDD e o prefixo do telefone. Tive essa necessidade quando comprei um celular de quatro chips e instalei os chips das operadoras que funcionam aqui: Claro, Oi, Tim e Vivo, mais meu Nextel, mas ficava em dúvida qual prefixo que gostaria de ligar era de qual operadora. Procurei na internet e não encontrei nada que satisfizesse essa necessidade. Voilà! Criei um sistema pra resolver esse problema que apresento aqui em primeira mão: www.qualeaoperadora.com.br.

O próximo passo será desenvolver uma interface API para que desenvolvedores utilizem essa solução em seus softwares.

Espero que gostem!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Em um ano, uma importante decisão que começa agora

Um ano... Uma das coisas que mais me cumprimentam nesse blog é o contador regressivo que marca o limite da eleição do ano que vem, que hoje completou um ano. Não é um ano para o começo de um novo governo, mas um ano para a decretação do fim de uma era escura para nosso município. Fim da idade média dando espaço para o renascimento. Não falo isso por que fui perseguido por esse governo, que tive que processar para receber por serviços prestados, não recebi e não vou receber. Nem por terem desmontado diversos portais de transparência que criei e mantive nos quatro anos de governo de Zé Cláudio, e que foram simplesmente desligados, mesmo contrário aos apelos do Tribunal de Contas do estado, que consideraram esse mesmo sistema um modelo para o estado todo. Retrocesso. Diz-se que em time que está ganhando não se mexe. Essa é a visão do técnico, mas se ao cartola interessar o contrário? Infelizmente a visão do cartola sobrepôs a do técnico, resultando num município capenga em todas as áreas. Em que Paraty se destaca? Educação? Saúde? Turismo? Esporte?. É um município medíocre, resultado de uma direção medíocre. Não há vento favorável quando não se sabe onde chegar. É uma pena. Foram sete anos jogados no lixo. Zé Cláudio fez uma gestão brilhante. Só perdeu porque esqueceu que na política é necessário ser político, e ele definiticamente não é. Foi anacrônico. Estava alguns anos a frente do seu tempo. Vemos a Dilma sendo severa e dando certo. Também com pavio curto, mas pregando a meritocracia e mantendo seu grupo unido. Esses erros fizeram com que Zezé ganhasse, numa desastrosa cagada. Populista, trocou o planejamento estratégico por obras pontuais com inauguração regada a muita cerveja. Pão e circo. Povo feliz. Vida de gado.

Quatrocentos milhões de reais depois, queimados, mas muito bem utilizados por membros famigliares, o município se mostra bem mais pobre do que sete anos antes e sem perspectivas. Obras absurdamente caras e mal feitas, feias, desproporcionais. Mas o que poderíamos esperar de uma república de advogados? Sem engenheiros, sem funcionários públicos concursados e satsifeitos. Onde estão os coordenadores de projetos? Infelizmente seu lugar foi tomado por cabos eleitorais que nem pra essa função servirão, já que em sua grande maioria pularam fora do navio que afunda.

Faltando um ano, não quero comemorar vitória da oposição, pois o futuro a Deus pertence, mas chamar atenção para a falta de desenvolvimento de Paraty nesses quase oito anos, e, de posse dessa consciência, acender algumas velas pedindo que Nosso Senhor ilumine as cabeças dos paratienses nas oito horas anteriores ao término desse contador, e os façam votar com clareza em gente que seja capaz de colorir a cinzura desse quadro.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A hora da decisão

Faltam apenas alguns dias para que os políticos municipais se acomodem em partidos em que se lançarão candidatos nas eleições municipais do ano que vem. Nesse corre-corre, o governo perdeu grande parte de seus apoiadores, provavelmente por que não acreditam numa possível vitória de Vadecir/Dedé/Luizão, que deverão se juntar daqui a alguns meses, afinal, não faz sentido algum, politicamete falando, dividir o governo em três. Uns até levantam a bandeira da terceira via, mas o comprometimento com a máquina governamental é tão grande, que só quem acredita em lobisomem e sereia deixa se encantar. Existe outra tese, que também podemos levar em conta. Com uma prefeitura milionária e contratos prá lá de suspeitos, uma candidatura temperada com gosto de governo e continuidade, surfando nos altos índices de popularidade de Zezé em razão do populismo e da permissividade poderá render alguns cobres dos financiadores mais incautos... O fato é que a simples dissolução de um governo que se reelegeu, e cuja base política se mantevem por tanto tempo intocável (em sete anos qual o secretário que foi exonerado?), e que da noite para o dia explode em três partes não convence, ou define claramente que o séquito só estava preocupado mesmo com seus interesses.

Enquanto isso, a oposição se fortalece. Muitos partidos e pré-candidatos oriundos dos partidos de base do governo estão se aliado e formando uma frente de resistência e oposição ao governo. Um verdadeiro êxodo da situação para oposição. Muitos podem ver isso como oportunismo, mas entendo como grande oportunidade de mudança. O fracasso do governo Zezé não é culpa de seus aliados, mas da incapacidade do governo municipal perceber que teve nas suas mãos recursos e possibilidade de fazer um grande governo. É uma pena para nosso município, sob o ponto de vista econômico, o único no mundo todo que depois que ficou rico, faliu, e sob o ponto de vista político, um governo com tanta popularidade mas que assiste impassível seu navio naufragando. Salvem-se quem puder!