O fim de uma triste era

Há um ano e meio venho mantendo esse blog para apoiar a iniciativa oposicionista iniciada por Zé Pital. Através desse excelente meio de comunicação fizemos denúncias, mostramos soluções, e nos divertimos muito analizando o dia-a-dia político, principalmente tendo como pano de fundo as eleições municipais.

Nesses 18 meses, reportei uniões, rompimentos, trairagens. Reportei alegrias e tristezes, conquistas e frustrações. Tentei da melhor forma mostrar que Paraty precisava mudar, e mudou! Fui um instrumento a mais para tentar alterar uma realidade que foi resultado da vontade popular há oito anos, e através desta mesma vontade o troco foi dado, com índice histórico. Da mesma forma que não foi Zezé que ganhou no seu primeio mandato, mas Zé Cláudio que perdeu, dessa vez não foi Valdecir que perdeu, mas Zézé. O resultado avassalador das urnas foi uma reposta clara aos desmandos que a prefeitura vem passando nesse tempo todo. Não é possível navegar tanquilo em águas calmas cheias de tubarões.

É por isso que gosto da democracia, que de vez em quando nos reporta a uma verdade atribuída ao carma mundano: aqui se faz, aqui se paga.

Com a mudança do governo, meu blog, da forma que foi concebido perde sentido. Vou ver ainda o que faço com ele. Mas por enquanto agradeço muitíssimo a audiência de todos que deram uma passadinha por aqui com a esperança de saber das fofocas de alcova ou só pra conferir quantos dias faltava para terminar a tirania.

11 desculpas que levará o governo a perder as eleições

Observando o dia a dia da campanha do adversário, compilei os 11 erros de coordenação que fizeram com que a campanha de Valdecir não decolasse, apesar dos milhões gastos, e de deterem a máquina administrativa:

1 – Por terem escolhido Valdecir como candidato à prefeito.
2 – Porque não podem distribuir gasolina e cerveja a rodo sem dar muito na pinta.
3 – Porque só pensaram na candidatura de prefeito, privilegiando alguns poucos vereadores.
4 – Porque os prefeitinhos pagos para serem cabos eleitorais, preferiram cuidar dos seus negócios particulares ao invés de trabalhar.
5 – Porque não exeitem eleitores suficientes na família deles para votarem neles.
6 – Porque não perceberam que o verdadeiro adversário está entre eles.
7 – Porque confundiram a TV com muro de lamentações, e o povo está farto de chororô.
8 – Por que o mensalão ficou mais importante do que os interesses do cidadão local.
9 – Porque Zezé queria quee perca para voltar daí a quatro anos, só não contava com sua inelegibilidade pelos próximos 8 anos.
10 – Porque preferem não enxergar a verdade, mas mirar as forças num avatar mentiroso, ocultando a verdade do desastre da administração pública nos últimos 8 anos.
11 – Porque se dois bicudos não se beijam, imagine 5?

Casé mantém ampla frente de vantagem

Alguns meses atrás, eu propus aqui no blog pagar uma pesquisa eleitoral para que possamos acompanhar a intenção de voto dos candidatos a prefeito de Paraty, através de uma vaquinha, acho que apenas duas pessoas se propuseram a participar.

Hoje, entretanto, chega às minhas mãos pesquisa do Gerp, a primeira registrada, que gostaria de comentar.

A pesquisa foi feito num momento em que as estratégias de campanha já estavam definidas, faltando menos da metade do tempo para o dia das eleições.

Os números são:



Intenção de votos (em percentual):

                Jul    Ago  Ago
Casé         55    50    53
Valdecir     22    28    28
Jaime          2      2     1
 
Rejeição (em percentual):

               Jul    Ago
Casé        12     13
Valdecir    18     24
Jaime       28     17

Em julho Casé saiu na frente na campanha, demonstrado por 55 a 22. Valdecir reagiu no final de julho, com a chegada de seu material, ganhando cinco pontos, três de Casé e dois de indecisos.

Um mês depois vemos que os indecisos estão decidindo por Casé, com o grupo de Valdecir mantendo-se estável.

Outro dado interessante, é que a rejeição de Valdecir aumentou de um mês para outro, mais de 30%. Com certeza isso deve-se à estratégia de campanha nas utilização de Zezé, envolvido em denúncias de corrupção, e Zé Cláudio que, nas eleições passadas chegou ao pico de 45% de rejeição nos últimos dias de campanha, também medido pelo Gerp. Como diz o ditado, quem convive com porcos, farelo come.

A festa dos royalties

Zé Pital já fez vários posts sobre a farra dos royalties em Paraty no seu Blog. Agora os veículos de comunicação de circulação regional e nacional estão dando a importância que o assunto merece. Essa semana saiu uma matéria extensa na Revista Exame mostrando como a incompetência e a roubalheira estão desviando os fins nobres que os royalties têm em compensar a perda definitiva de exploração de bens naturais em diversas regiões do Brasil, inclusive Paraty. Mas pelo visto, o royaltie é benefício de apenas alguns poucos famigliares.

Leia a íntegra no link a seguir: https://docs.google.com/open?id=0B8l6XtFPesLtTGNzNEE4VDVFTWM

Surge a ponta do iceberg

Pela primeira vez, nesses oito anos do goveno, começa a aparecer publicamente os desmandos da prefeitura.

Um dos primeiros “escândalos” foi o caso do homem da mala, que me inspirou a ilustrar esse blog, que escondia dinheiro supostamente recebido por fornecedores da saúde, debaixo da cama. Virou pizza. Depois, foram os encândalos de superfaturamento, principalmente dos shows do turismo, com manutenção de caixa 2 para pagamento de festas e outros benefícios aos membros da famiglia.

Isso em meio à festa do nepotismo, de obras mal feitas e superfaturadas e à manutenção de um gigantesco cabide de emprego que transformou cabos eleitorais em prefeitinhos e coordenadores de projetos. E que projetos!

Nesse tempo fui processado três vezes, sob a alegação de que estava denegrindo a imagem de servidores públicos que fazem parte da comissão de licitação, órgão que é coração da prefeitura e por onde passam grande parte dos interesses escusos denunciados aqui e por outros blogs e órgãos de imprensa que tem o compromisso com a seriedade no trato com a coisa pública. Tudo isso para me intimidar.

O fato é que tem muita gente de olho nessas falcatruas. Além dos blogs e  da imprensa, o TCE, Tribunal de Contas do Estado, embora mais lento do que gostaríamos, editou relatório detalhando a forma de ação da quadrilha que se instalou há muito tempo na prefeitura para roubar descaradamente os melhores salários para o servidor público, a gaze que falta no hospital, o material didático de qualidade dos nossos filhos, a sinalização turística, entre tantas outras coisas que poderiam melhorar a qualidade de vida no nosso município, mas cujo dinheiro é revertido para o bolso de funcionários, políticos e empresas corruptas que se instalam no nosso município com intuito sórdido de pilhar.

Hoje, o jornal O Dia publicou matéria baseado no relatório do TCE, com o título “Paraty: paraíso ameaçado pela corrupção”. Alguém (imagine quem?) se encarregou de comprar todos os jornais logo cedo para que a denúncia não se espelhasse. Até as bancas do Perequê não tinham o exemplar, mas felizmente tem a internet, e os ratos não poderão ficar escondidos para sempre.  O barco está naufragando, e é justamente eles que pulam primeiro.

Clique para acessar a íntegra do jornal: https://docs.google.com/open?id=0BxmxvxdYcPYCdnljMm9jLVUwckk


Clique para acessar o relatório do TCE: http://www.tce.rj.gov.br/votos/JGG/120524/23622411.pdf

Convenção Municipal reúne 14 partidos e lança Casé para prefeito

Aconteceu por volta das 18h00 na última sexta-feira, dia 22/06, a convenção municipal de 17 partidos da base de poio a Casé:

PSB, PRB, PSDB, PMDB, PT, PT do B, PDT, PV, PHS, PMN, PPS, PTN, PC DO B e PRTB, que oficializou a candidatura do Casé (PT) para prefeito de Paraty e para vice-prefeito o vereador do PMDB Deco Minair (PMDB).  Com o slogan "Paraty pra mudar só tem um jeito, Casé para prefeito", grande parte dos mais de 70 candidatos a vereador discursou em apoio ao candidato á prefeito.

Realizado no salão de eventos da sobreloja do Posto Ale, o evento  contou com a presenaça de mais 3 mil convidaos que vibraram com as propostas dos candidatos.

 Também estiveram presentes o senador Lindberg Farias, os deputados federais Chico D'Ângelo e Luiz Sérgio, o presidente estadual do PT, Jorge Florêncio e o líder do PMDB na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro André Lazaroni. Nos discursos, destaque para a parceria entre município, estado e união.

Convite para reunião com amigos e filiados do PMDB

Amigos e filiados do PMDB estão convidados para participar de uma mesa redonda para discutir as articulações políticas em torno da sucessão municipal e a participação do PMDB nesse processo. A reunião será no Colégio Ethos, na quarta-feira, 23/05, a partir das 20:30 h.

Contamos com a presença de todos.

Eliane Tomé – Ex-presidente do PMDB e Heraldo Arn – Ex-secretário do PMDB

O PMDB, a mesquinharia, a rasteira e outros fantasmas!

Ontem o PT fez uma reunião com toda sua base de apoio onde definiram as coligações para proporcional (candidato a vereador). Pela regra eleitoral, um partido poderá lançar como candidato uma vez e meia o número de cadeiras da câmara. Como Paraty optou por manter 9 vereadores, ou seja, um partido que se lança sozinho concorre com 13 candidatos, dos quais 30% deve ser destinado obrigatoriamente para as mulheres. Então, se o partido se lançar sozinho, deverá lançar 9 homens e 4 mulheres. Se fizer coligação com um ou mais partidos, a coligação poderá lançar o dobro do número de cadeiras, resultando em 12 candidatos homens e 6 mulheres.

 O PMDB, que estava correndo na frente, surtou, e corre atrás com grave risco de implosão. Tudo isso porque o Vereador Rangel se acha dono do partido, através da relação que tem com Jorge Picciani, hoje presidente da Regional do PMDB, e não quer que os filiados escolham o candidato a vice de Casé, em que concorrem Zé Cláudio, Eliane Tomé, Cacau do Restaurante Chafariz, Vereador Vidal, Vereador Deilimar, Vereador Deco e ele mesmo. O engraçado é que foi Deco que convidou Rangel para o PMDB há pouco mais de um ano, e  esse último destituiu Deco, justamente por sua influência com Picciani, que agora apoia Rangel numa proposta totalmente ditadora. Esse mesmo Deco que empunhou a bandeira democrática do PMDB que lhe deu cinco mandatos... Uma vergonha. Infelizmente, com o favoritismo de Casé é mais fácil jogar às favas escrúpulos partidários e repartir o bolo entre amigos na alcova.

Mas vejo uma série de problemas aí... A interrupção do processo que estava sendo competentemente conduzido pela Eliane Tomé prejudica em muito o partido como instituição política, além de confundir o eleitor. Uma hora lança candidatura. Outra hora não lança. Uma hora coliga. Outra hora não... Instituída a confusão, Zé Cláudio se aproveitou para relançar novamente sua candidatura a prefeito, mesmo estando inscrito como candidato à vice de Casé, tendo Luisão, cujo DEM já declarou apoio à oposição (PT e aliados), como vice. Mas Zé Cláudio não é bobo, ele quer aparecer bem na pesquisa para ter apoio de Zezé, caso rompa com Valdecir. Isso tudo se tornará realidade se Rangel conseguir substituir a executiva do PMDB atual composta de Eliane Tomé, Vidal, Rangel, Deco e eu, por uma composta provavelmente por ele na presidência, Deco, Tekinho Legal, Zé Cláudio e um outro filiado qualquer, como dizem por aí... É bom lembrar que a aposta de Picciani era pela coligação, como já foi postado nesse blog. No jogo da rasteira, até ele também cairá de bunda no chão, se a nova executiva for nomeada.

Pelo que se sabe, dia 15 próximo Picciani definirá as comissões executivas de todo estado. Se for mantida a mesma executiva, haverá coligação com definição do vice entre os filiados, com o quadro político retornando à normalidade. Caso contrário, o samba do crioulo doido continuará, o partido se dividirá com mais de 90% apoiando Casé, independente de coligação ou não. Zé Cláudio poderá se impor como candidato à prefeito o que poderá enterrar de vez sua carreira política em Paraty, já que não tem apoio legítimo e as alianças costuradas são baseadas em interesses obscuros, e o PMDB, além da debandada de pré-candidatos à vereador, poderá eleger no máximo dois vereadores. Só esperamos que entre eles, não se elejam golpistas.

Mesmo mantendo a executiva original, o PMDB perde espaço a cada dia que passa sem uma definição, já que conversas, reuniões, deliberações e acordos precisam ser fechados, a fila anda, e a legislação eleitoral é um relógio implacável. Um exemplo disso é que o partido, apesar da definição da coligação para proporcional com a oposição ocorrida em 2 de março, com essa confusão toda acabou perdendo uma grande chance de fechar uma coligação na reunião de ontem. Esse é apenas um dos atrasos que estão prejudicando o partido, e uma composição com o PT e aliados, que devem estar fartos de tanta indefinição baseado em mesquinharia.

Voltando ao assunto inicial, o PMDB possui 16 pré-candidatos a vereador inscritos, dos quais 5 mulheres e 11 homens. Se não houver coligação, três terão que ser excluídos. Mas pelo que se assanha, sobrarão vagas no PMDB. O que faltará é legenda.

Paraty milionária e o esgoto a céu aberto

Paraty foi destaque na coluna do Ancelmo Góis esse final de semana. Não por causa de seus grandes eventos, do belo centro histórico ou da exuberância de suas matas, mas por sua desastrosa administração, que leva o município a diversos flagelos. Esse é apenas um deles.

Daqui há três meses começa a campanha para a próxima prefeitura. É hora de dar o troco e trocar a administração do único município no mundo que depois que ficou rico faliu.


Se você entrar na página, verificará que muita gente já reclama desse problema há muito tempo. Infelizmente todos que passam pela prefeitura simplesmente deixam passar. E assim esvai-se oito anos de descaso. Oito anos de desperdício de dinheiro público. Oito anos de retocesso para muita gente, exceto para membros da famiglia, esses sim, estão bem de vida.


Para acessar a coluna na íntegra clique aqui.

Rasteira!

Parece que a política de Paraty é movida a rasteiras e pernadas. Isso demostra o quanto a política paratiense está comprometida com interesses mesquinhos. Por parte de muitos não há projeto nenhum, sequer algum respeito às instituições constituídas. Essa prática comum na época de eleição reforça mais uma vez a praga do padre, quando preceitua que em Paraty nada vai pra frente.

Coloco muita coisa que prevejo nesse blog,de forma cáustica, pois entendo que o óbvio deva ser demostrado, afinal ladrão é ladrão. Imagine se ao invés de falar "fulano roubou", eu dissesse, "fulano subtraiu furtivamente objeto de terceiro sem seu conhecimento"... Não dá... Não combina comigo, afinal, ladroagem é ladroagem, falcatrua é falcatrua e pernada é pernada. Tentar suavizar a violência é pura burrice, ainda mais quando se trata de valores essenciais.

Mas mesmo sendo cáustico, e esperando sempre o pior por parte dos articuladores políticos de Paraty às vezes me surpreendo. É o caso da rasteira que está sendo orquestrada pelo PTB, partido do prefeito, que daria inclusive o vice do Valdecir, mas que agora ensaia apoiar Tuco Gama para prefeito...

Se isso acontecer, será a terceira rasteira tomada por Valdecir. A primeira quando foi candidato a prefeito na sucessão de Dedé, em 2000, quando esse o deixou sozinho na cova dos leões. A segunda, na reeleição há quatro anos, quando Zezé resolveu assumir a cabeça de chapa, quando o acordo era Valdecir ser o candidato a prefeito. E agora essa que se aproxima.

Infelizmente "quem ama o feio, bonito lhe parece." Ou parecia... Se isso realmente acontecer não deve surpreender Valdecir, mas enfurecerá seus seguidores, dando mais ritmo ao "samba do criolo doido". Haja repinique!

Valdecir, enquanto pastor, deve conhecer muito bem essa passagem bíblica:

Salmos 1, 1-6 :

“1 Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores;"

ou, no popular,

"quem se mistura com porcos..."

Mais uma semana, mais agitação na disputa pela prefeitura

Samba do criolo doido. Essa é a síntese do quadro político nessa semana. Parece que todos os atores ficaram loucos, pelo menos os atores coadjuvantes.

Pelo que se fala, a desistência de Dedé é meia desistência, pois que se colocou como Vice de Tuco Gama, mantendo-se no quadro. Ponto para Garotinho, que lançou o nome do Tuco faz tempo, mas não decolou como prefeito, foi cogitado para Vice de Dedé, depois de Valdecir, depois prefeito na chapa de fantasia com Luisão, e finalmente se acomoda na chapa real, ficando ancorado a Dedé. Esse no meu ver, deverá funcionar como âncora financeira de um naufrágio político, amplamente anunciado nesse blog.

Mas esse movimento não tem muito eco na política municipal, que hoje está polarizada entre Valdecir e Casé, ou governo e oposição, como prefiro colocar aqui.

Para salgar ainda mais esse peixe, o governo parece que promoveu uma pesquisa para saber como iam os candidatos a prefeito. Deu o que já sabíamos há muito tempo. Casé cresce. Valdecir desce. Os outros somem. Ao invés deles se organizarem e montarem uma estratégia de oposição, ficam tentando bagunçar o PMDB, que de noiva parece ter virado Geni*, aquela cantada pelo censurado Chico Buarque (ou seria Julinho da Adelaide?) na epoca da ditadura, chegando ao ponto do governo propor à alguns interlocutores insatisfeitos pela condução do PMDB em abrir mão da candidatura do Valdecir (que a essa altura já deve estar calejado de tanto lavar rasteira...), dar a cabeça de chapa ao PMDB, e oferecer como vice Rodrigo da Banca, que estava cogitado para ser vice de Valdecir. Um dos interlocutores dessa conversa parece ser Luisão, que até então seria vice de Tuco, através de vereadores insatisfeitos e pasmem! Zé Cláudio, que concorre a uma vaga de vice-prefeito de Casé... Tudo isso orquestrado por Zezé, que declarou amor incondicional a seu vice na reunião no HOtel Velejador.

Traduzindo: o governo ao invés de cuidar de seus problemas, tenta minar o PMDB que se reconstói. Enquanto isso, Casé se mantém como única opção coerente. Literalmente coerente.

*Palavra trocada a insistente pedidos de puritanos.

Semana agitada na disputa para nova prefeitura

Fazia tempo que não tínhamos uma semana tão agitada no meio político em Paraty.

Tudo indica que Dedé (PSC) jogou a toalha. Uns correligionários ainda vêem a possibilidade de Tuco Gama (PR), que estava cotado para ser vice de Dedé, se juntar a Luis Ribeiro (DEM) e concorrer à prefeitura, o que no meu ver seria um suicídio político dos dois. Mas tudo pode acontecer...

Enquanto isso, no PMDB a grande disputa é entre os pré-candidato a vice-prefeito. A listagem ainda não é oficial, mas segundo as boas e más línguas estão concorrendo: Vereador Deilimar, Vereador Deco Minair, Vereador Vidal, Vereador Rangel, Cacau (dono do restaurante Chafariz e irmão do vereador Tekinho), Ex-prefeito Zé Cláudio, que até a semana passada jurava apoio ao Valdecir Ramiro) e Eliane Tomé, presidente do PMDB e dona da Escola Ethos, única representante do sexo feminino para majoritária.

No governo continua a mesma coisa, com Valdecir (PP) conduzindo quase parando a bandeira da situação. A aposta é que Rodrigo da Banca seja seu vice, o que enfraquecerá ainda mais a nominata para vereador do PTB, que corre o risco de ficar ainda mais esvaziada.

PMDB de Paraty decide apoiar Casé

Depois de muito debate, o PMDB de Paraty decide apoiar Casé para prefeito, oferecendo o vice. Foram duas horas de debate e considerações que resultou no apoio unânime dos participantes à carta do PT propondo a integração do partido à frente de oposição do governo Zezé.

Com esse resultado, Paraty terá três candidatos a prefeito, Casé, representando a oposição, Valdecir, a situação e Dedé, que também representa o governo, mas como vai muito mal nas pesquisas, deverá abrir mão da candidatura em favor do governo nas próximas semanas.

Se minhas previsões estiverem corretas, vamos ter apenas dois candidatos concorrendo, o que não acontece há muito tempo, na história política de Paraty, e deverá ser uma tendência para os próximos pleitos.

Malas de dinheiro na lixeira

Muita gente me pergunta quem é o homem da mala... Eu digo que é o avatar de muitos. Um deles acabou de se mostrar a público em grande estilo, a Locanty. Essa empresa atua desde o primeiro dia do Governo Zezé, sob a justificativa emergencial, um dos “modos operandi” daquele que se valem da dificuldade (se é que existe) para faturar alto com isso. No caso da Locanty, como iniciou suas atividades nas primeiras horas de governo, a jogada ficou muito clara, às luzes da aula que seu diretor deu sem querer ao Fantástico.

Depois, com a dificuldade de se revolver o lixão, o contrato se expandiu, chegando à cifra de R$ 12,5 milhões por ano, só pra cuidar do lixo.

Para efeito de comparação, quando assumimos a prefeitura, 2011, tinhamos R$ 12 milhões para cuidar de tudo... Essa era a verba que a prefeitura dispunha para pagar todos os professores, tocar o hospital, manter coleta de lixo, tocar o turismo e custear todas as secretarias... Hoje, sequer cuida do lixo, já que muito do que é estabelecido em contrato sequer é cumprido...

Isso porque é necessário criar muita dificuldade, para que o preço fique bem caro, para que as maslas abasteçam diversos escalões.

Tanto o governo federal, quanto o estadual paralisaram imediatamenteo contrato com essa empresa. É claro que isso não vai acontecer aqui, afinal, o município vive um eterno estado de emergência. E esse é apenas um dos avatares...

PMDB de Paraty já possui blog

Para quem quiser acompanhar o dia-a-dia do PMDB de Paraty poderá acessar seu blog oficial em pmdbparaty.blogspot.com. Além de notícias serão publicadas documentos e deliberações da executiva municipal.

PMDB de Paraty tem nova executiva

Diante da indefinição do PMDB de Paraty em relação às eleições municipais desse ano, e de diversas tentativas de golpes por parte de uma minoria que pretendia utilizar a legenda para apoiar a candidatura de Valdecir Ramiro, o presidente do PMDB estadual decidiu por intervir no diretório municipal substituindo-a por uma comissão provisória.

Com isso, a estadual pretende acabar com o disse-me-disse em torno da legenda e definir uma união entre as oposições para que, em conjunto, consigam se colocar como alternativa ao governo de Zezé, temido não por sua atuação, mas pela quantidade de dinheiro que a situação deve aplicar nessa campanha para se manterem no poder, além da utilização da máquina governamental.

Essa decisão foi tomada em razão de grande maioria do diretório municipal rejeitar uma coligação com o governo e de pesquisas de opinião feitas pela estadual no município apontarem uma união de oposição como o caminho mais coerente a seguir para um pleitor vencedor.

Para presidente foi empossada Eliane Tomé, militante antiga do PMDB que atuou no governo de Zé Cláudio como Secretária Municipal de Educação, nos quatro anos de mandato. Eliane, juntamente com sua executiva, terá a missão de conduzir o processo eleitoral, definindo coligações, organizando pré-candidatos e dando um rumo coerente ao partido de oposição.

Além de Eliane Tomé, fazem parte da chapa, eu, vereador Rangel, Vereador Vidal e Vereador Deco.

É importante lembrar que pela primeira vez o PMDB, maior partido de Paraty, tem uma presidente mulher. Sinal muito positivo de mudança.

Picciani fala do apoio ao PT em Paraty

Diante de indefinição, PMDB estadual define apoio ao PT de Paraty

Quem acompanha esse blog já sabe que o PMDB decide a campanha para prefeitura. Já foi assim na eleição passada, quando ambos decidiram caminhar separados e deram a vitória para Zezé. Três anos depois, a situação continua análoga. Se houver divisão da oposição, ou seja, PT e PMDB resolverem lançar candidato próprio, Valdecir ganha e continua o legado de Zezé.

Pouco mais de um mês após a vitória de Zezé no primeiro turno, o PT, segundo lugar nas eleições, enviou uma carta a Zé Cláudio, terceiro lugar nas eleições, propondo uma aliança das oposições para construção de futura plataforma política. Nessa época Zé Cláudio era presidente do PMDB e simplesmente ignorou a intenção, mantendo a postura individualista que continua até hoje. Diversos elementos do PMDB, inclusive eu, contrapomos a posição da candidatura própria e realizamos inúmeras reuniões no sentido de aparar arestas, e alinhavar uma aliança do PMDB com PT, com vistas a um projeto de governo que consiga sobreviver 20 anos e viabilizar um planejamento estratégico que consiga fazer justiça ao orçamento milionário que Paraty possui, colocando a cidade no caminho do desenvolvimento, antes que a farra dos royalties do petróleo acabe.

Mas infelizmente essas reuniões não avançaram muito, já que Zé Cláudio se mantém como pré-candidato a prefeito, apesar das altas taxas de rejeição e outras lideranças políticas do PMDB utilizarem essa situação para valorizar negociações e flertes com o governo, mesmo sabendo que jamais o PMDB irá apoiar o governo. O governo, por sua vez, utilizou amplamente essa fragilidade do PMDB para negociar individualmente, com uma ou outra liderança vantagens e benesses, para que o partido permanecesse preso nos interesses individuais de um ou de outro político, minando as bases democráticas do partido.

Em novembro até tentamos decidir no voto, através de plenária, se o PMDB iria lançar candidato ou não, mas a intenção foi abortada na semana da plenária, por decisão da executiva do partido.

O ditado diz: a união faz a força. Mas o PMDB de Paraty, ao invés de utilizar essa máxima para se fortalecer e avançar no quadro político, ao tentar se valorizar, e jogar com a dependência dos dois lados mais fortes, o governo que quer rachar, e o PT que quer unir, acabou perdendo credibilidade, que levou a executiva estadual a decidir por Paraty.

Engana-se quem pensa que a política se faz só durante os anos de eleição. Se faz sempre. Diuturnamente. É um exercício de futurologia das próximas horas e dias. Apesar de não divulgarmos, já que seria antecipação de campanha e isso é proibido por lei, monitoramos as intenções de votos de Paraty, através de pesquisas realizadas por institutos sérios e independentes. Da mesma forma que a oposição tem acesso a essas pesquisas, a situação também. Entre eles, o governo municipal e o estadual. O fato é que o mesmo candidato que há 8 anos começou com 2% de intenção de votos, hoje começa com 40%, com taxa de rejeição insignificante.

O meio político sabe disso. No município e no estado. Como aqui ignorou essa ealidade, o estado resolveu bater o martelo, quando o presidente do PMDB no estado definiu que o PMDB e o PT caminharão juntos no próximo pleito, acabando com isso fofocas, indefinições e possíveis negociatas.

O que em primeiro momento pode parecer uma decisão de cima para baixo, nada mais foi do que uma decisão de minerva, quando as lideranças locais, cegas por interesses pessoais deixaram de enxergar o óbvio.

Parabéns para Jorge Picciani.

Leia a entrevista do presidente estadual do PMDB ao O Dia aqui.